Capítulo Trinta e Um : Mayim

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Mayim se lembra do momento em que trouxe a água dos arredores para em torno de si, transformando uma grande quantidade em uma média estaca de gelo e apontando-a para a figura desconhecida que acabara de pousar em sua frente

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Mayim se lembra do momento em que trouxe a água dos arredores para em torno de si, transformando uma grande quantidade em uma média estaca de gelo e apontando-a para a figura desconhecida que acabara de pousar em sua frente.

– EI, RELAXEM! – exclamou a voz vinda da silhueta agachada ao chão. Uma voz desconhecida, uma voz que, levando em conta acontecimentos anteriores, fez Mayim ter vontade de recuar.

Mas não se mexeu: deixou o pouco de coragem controlá-la.

A pessoa de aparência feminina levantou seu rosto e, em seguida, pôs-se de pé, revelando uma garota de pele escura, cabelos pretos enrolados em um coque acompanhado de uma faixa vermelha, utilizando uma longa capa verde-escura que cobria seus braços e todo o resto de seu corpo.

Mayim, cerrando os dentes, mordendo o interior de sua bochecha, analisou-a de cima a baixo, sentindo o gelo começar a derreter sob suas mãos. Estranhou o ocorrido e, então, a imagem de Keahi invadiu sua mente.

Ao espiar sob o ombro da novata, viu a Igrãdenti arder, com as sobrancelhas juntas e o corpo exalando calor, com os cabelos cacheados batendo contra o vento.

E a viu pular para cima da desconhecida, que nem chegou a gritar.

– KEAHI! – berrou Mayim, jogando a estaca ao chão e correndo para perto da Igrãdenti, tentando afastar ambas as meninas.

A fervente urrou em resposta, enquanto segurava a garota pela gola de sua blusa.

– QUEM É VOCÊ? – indagou com precisão, fazendo a temperatura aumentar, fazendo Mayim recuar e seu plano de afastá-las abandonar.

Um pouco distante, acariciando seus próprios dedos úmidos, a Aquatill trocou seu olhar de uma garota para a outra. A desconhecida saiu de uma expressão séria para um sorriso convencido, enquanto Keahi pareceu isso não gostar, não movendo-se, seguindo a segurar a estranha com seus dedos ferventes. Mayim sentia que a Igrãdenti estava prestes a explodir, e queria fazer algo para impedir; mas uma aura, vinda da estranha, a fez manter-se estática.

A raiva, a ira de Keahi, pouco durou; Mayim lançou um olhar surpreso de dúvida e curiosidade para a Igrãdenti quando as chamas ao redor de suas mãos sumiram, quando o calor diminuiu, quando a temperatura original foi estabelecida.

E Keahi, arregalando os olhos e mirando para seus próprios dedos, não pareceu ter isso feito. Mayim viu seu olhar vermelho encontrar o seu olhar azul, mordendo os lábios em confusão e remorso, tão confusa quanto a que a observa.

Mayim deu um passo para trás, enquanto Keahi se pôs mais para frente, soltando a estranha, ainda observando as próprias mãos, com os lábios entreabertos, assustada, procurando o que dizer.

– O QUE VOCÊ...? – Mirou um olhar apavorado para a novata.

Pondo os braços no peito da irritada, a desconhecida afastou-a com facilidade, deixando uma Keahi mais do que confusa mexendo os vermelhos para todos os lados.

Nirum Parte Um: Quando a Flor DesabrochaOnde histórias criam vida. Descubra agora