𝗘𝗖𝗟𝗜𝗣𝗦𝗜𝗦 |Coriolanus Snow x Lucy Gray [CONCLUÍDA]

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Coriolanus Snow

— Por que não me disse que era na Eclipsis que ia me trazer? — perguntou Lucy Gray, enquanto Coriolanus entrava com o carro na garagem.

— Você já tinha notado durante o trajeto, não achei que precisasse dizer.

Ele parou o carro, abriu a porta e deu a volta para abrir a porta dela. Quando entraram na Eclipsis, olharam em volta e Lucy Gray lançou um olhar triste para ele.

— É uma pena ver isso aqui fechado sempre.

Coriolanus sabia que ela queria cantar naquele palco de novo, e que estava triste por isso, mas ele não queria que a conversa caminhasse para esse lado. Então, foi até uma jukebox que Pluribus mantinha ali desde antes da guerra, e agora servia de enfeite na Eclipsis.

— Sabe mexer nessa coisa? — perguntou Lucy Gray.

— Vamos descobrir.

Coriolanus colocou a máquina na tomada, e observou enquanto procurava por algum sinal de como operá-la. Ele notou uma pequena tela iluminada e uma série de botões coloridos ao lado. Com um olhar curioso, ele pressionou o botão vermelho, presumindo que fosse o botão de ligar.

Para sua surpresa, a jukebox começou a emitir um zumbido baixo enquanto as luzes ao redor dos botões se acendiam lentamente. Ele percebeu que a máquina estava ligando. Animado com o progresso, Coriolanus olhou para Lucy Gray com um sorriso confiante.

— Parece que estamos no caminho certo.

Lucy Gray riu suavemente e observou enquanto Coriolanus examinava os botões com cuidado. Ele sorriu, para si mesmo, era assim que dissiparia o desentendimento deles. Após um momento de hesitação, ele escolheu um botão azul ao lado, pensando que poderia ser uma boa opção.

Com um gesto rápido, ele pressionou o botão azul e aguardou, ouvindo atentamente enquanto a jukebox começava a fazer um ruído mecânico. Poucos segundos depois, uma melodia suave começou a preencher o espaço ao redor deles, e Coriolanus sorriu.

— Acho que escolhi uma música aleatória — ele comentou, olhando para Lucy Gray com um brilho nos olhos. Seus dedos deslizaram suavemente sobre os botões da jukebox enquanto ele falava. — Depois colocamos algo melhor.

— Depois? — Lucy Gray perguntou, erguendo uma sobrancelha, seus olhos refletindo a curiosidade.

— Sim. Não é todo dia que temos uma casa noturna a nossa disposição — ele se aproximou dela, sua presença preenchendo o espaço entre eles, e tocou levemente em seu queixo — Vamos fingir que nos conhecemos em outras circunstâncias. Então eu venho a um dos seus shows, depois eu volto porque gostei demais da cantora charmosa no palco — ele fez uma pausa, quando viu um rubor lindo subir pelo pescoço dela e indo parar em suas bochechas.— Até que um dia você me dá uma chance e desce do palco para conversar comigo, nós bebemos e depois dançamos como se tivéssemos todo tempo do mundo.

— Essa é a sua forma de querer resolver o nosso "impasse"? Relembrando uma conversa que tivemos na época que você era meu mentor? — A voz de Lucy Gray tinha um leve tom de desafio, enquanto ela olhava intensamente para Coriolanus.

— Não. Essa é minha forma de dizer que eu tenho certeza que nos conheceríamos independente das circunstâncias.

— Como em Las Vegas? Antes da guerra?

Ele deu de ombros, um sorriso brincando em seus lábios. — Você poderia ser até uma colega de turma em outra realidade — ele apontou para a roupa que ela vestia — Quem sabe? Somos inevitáveis.