𝗘𝗖𝗟𝗜𝗣𝗦𝗜𝗦 |Coriolanus Snow x Lucy Gray [CONCLUÍDA]

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Coriolanus Snow

Coriolanus fechou o livro e levantou-se para deixar a biblioteca. O local estava praticamente vazio, já que era o final da tarde. Ele percorreu o espaço, dirigindo-se para os corredores da Universidade. Ao atravessar a entrada principal, deparou-se com dois rostos familiares: Lysistrata e Festus, os dois mais próximos desde os tempos da Academia. Eram os únicos, além de Persephone, que demonstraram preocupação quando ele estava como pacificador no Distrito 12. Manter uma vida social com antigos colegas era importante para sua imagem, apesar de ainda sentir certo receio de estar perto de Persephone. A consciência de que o pai dela usava carne humana para alimentar a família durante a guerra o deixava nauseado sempre que ela estava por perto.

— Você está com uma aparência tão bem-resolvida hoje. Estudou demais ou está apenas escondendo o fato de que você é naturalmente um especimen deslumbrante? — brincou Festus, batendo amigavelmente no ombro de Coriolanus.

Sorrindo, Coriolanus respondeu: — Digamos que seja uma combinação dos dois. Não posso depender apenas da minha beleza e dos meus olhos cativantes. Às vezes, não é tão fácil, sabem?

Ele lançou um olhar brincalhão para Lysistrata, que concordou balançando a cabeça.

— Falando em uma vida emocionante, Festus, temos um compromisso esta noite.

Curioso, Coriolanus arqueou uma sobrancelha.

— O que estão planejando?

— Ah, não é nada demais — Festus adiantou-se — Prometi ajudar Lysistrata com algo. Aliás, acho que deveríamos ir — disse ele, olhando para o relógio de pulso. — Pode ficar tarde.

— Até mais, Coriolanus — despediu-se Lysistrata, enquanto Festus fez um gesto de despedida quando se afastaram.

Coriolanus ponderou brevemente se talvez Lysistrata e Festus estivessem envolvidos, mas descartou a ideia ao lembrar que Festus mantinha um relacionamento sério com Persephone.

Enquanto observava os amigos se afastarem, sentiu duas mãos cobrindo seus olhos por trás. Ele odiava esse tipo de brincadeira. E apenas uma pessoa vinha fazendo isso com ele, ultimamente.

— Não tem graça, Livia Cardew — ele girou o corpo para se livrar das mãos dela.

— Quis fazer uma surpresa.

Ainda era estranho vê-la tratando-o assim, considerando que na época em que frequentavam a mesma turma na academia, ela o tratava com desdém e até fazia piadas sobre ele. Agora, entretanto, ele era um dos jovens mais ricos e promissores da Capital, então fazia sentido essa mudança de comportamento.

— Eu odeio surpresas — ele arqueou uma sobrancelha e começou a andar.

Livia caminhou lado a lado com ele até que chegaram ao carro de Coriolanus no estacionamento do campus.

— Vai encontrar-se com Efforia hoje? Ela estava se gabando na aula de economia hoje pela manhã, dizendo que passou a tarde de ontem com você.

— Não vou ficar falando dessas coisas com você, Livia. E não vou ficar com ela, nem com você — afirmou Coriolanus, ciente de que suas palavras não afetavam a autoestima da garota, que era notavelmente alta.

Livia riu e beijou o rosto dele, demonstrando uma confiança inabalável.

— Azar o seu — disse, virando as costas para ele e sacudindo o cabelo enquanto se afastava.