Capítulo 3 - A loja

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     No outro dia, ainda bem cedo, Seraphine é acordada pelo velho mago. Ao abrir os olhos e olhar em volta, ela percebe que ainda não amanheceu. Então, com uma voz sonolenta, ela diz para Goldef:

— O sol nem saiu ainda . *bocejo*

— O dia não começa com o sol, além disso nós ainda temos uma longa viagem.

— Quanto tempo ainda falta para chegarmos? Ontem andamos o dia inteiro – diz Seraphine, sonolenta.

— Ainda temos umas duas semanas de viagem se formos nessa velocidade. Porém se chegarmos na próxima cidade, podemos pegar uma carona.

— E quanto tempo demora para a próxima cidade?

— Bem, isso deve demorar uns cinco dias.

     Seraphine estava tão desanimada para andar a cavalo por dias inteiros. Essa era a última coisa que ela queria, principalmente porque sabia que ficaria enjoada todas essas vezes. Mas ir para a cidade foi algo que a deixou animada. Afinal, ela poderia tentar convencer o mago para fazerem compras e alugar um quarto em uma pousada, para que ela finalmente tivesse um sono digno. Mas ainda assim, tomar um banho bem quentinho era tudo o que ela queria.

Depois de três dias inteiros na estrada, ela já não aguentava mais. Já estava quase enlouquecendo, tanto pelo silêncio constante ao seu redor quanto pela voz do mago sempre contando histórias de como a neve era mais bonita em tal época, ou como a beleza da rainha das neves era mais assustadora do que seu poder. Mas o principal fator era que, todas as vezes que paravam para descansar, o mago não parava de falar sobre como a guerra que estava por vir iria ser benéfica para todos os reinos. Embora ela ficasse neutra em toda esse situação ela não achava muito certo recrutar crianças para uma guerra isso parecia meio cruel pra ela.

Mais assim que ela fez um esforço para olhar para frente, viu algo que a alegrou profundamente. Finalmente, avistou pessoas na estrada e ao forçar seus olhos, viu a silhueta de grandes muros, o que significava que ela finalmente teria um descanso merecido.

— Finalmente, depois de tantos anos.

— Nós ainda chegamos antes do previsto.

— A primeira coisa que você deve fazer é alugar um quarto numa pousada para finalmente tomarmos um banho.

Goldef assentiu assim que chegaram na cidade costeira de Virna, amplamente conhecida pelo seu comércio. Mas o velho mago gostava dessa cidade, principalmente pelas suas lojas de magias ocultas. Assim que passaram pelos portões da cidade, Seraphine ficou maravilhada pela quantidade de lojas. A cada esquina que ela olhava era repleta de pessoas havia tanto barulho. O mago a levou diretamente para uma pousada sem fazerem nehuma outra parada. Lá, Seraphine finalmente pôde se limpar adequadamente, mas ela não tinha desistido da ideia de convencer o mago a levá-la para fazer compras. Ela queria experimentar as comidas, as roupas, tudo o que ela podia. Mas Goldef já tinha seus próprios planos ele planejava levá-la a uma loja de equipamentos mágicos. Então, assim que Seraphine abriu a boca, Goldef disse:

— Vamos fazer compras.

Seraphine mal pôde segurar sua empolgação e seguiu o mago sem dizer nada. Mas ela observava atentamente cada lugar que eles passavam. Cada loja parecia incrível para essa garota incrivelmente ansiosa, até as mais comuns se tornavam incríveis para ela. Mas aos poucos, o mago e ela se afastavam mais e mais das pessoas e do centro. Aos poucos, eles entraram em diversos becos um atrás do outro , até que o mago parou em frente a uma parede mal iluminada, onde mal chegava a luz do sol. O mago então tocou na parede e lá apareceu uma porta vermelha com detalhes em dourado. Assim que o mago a abriu, os olhos de Seraphine se iluminaram. Havia inúmeros acessórios, onde as luzes que ela enxergava estavam em toda parte. Ela mal esperou o mago e já entrou na loja.

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