capítulo 9 - confrontos

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As aulas passaram bem devagar havia dois motivos: um porque Seraphine estava achando a aula chata e o segundo porque aquele garoto e seu grupo de amigos ficavam sempre conversando, cada um falava de um assunto diferente. Não ajudava que, mesmo depois de já terem se passado várias horas, Seraphine ainda sentia os olhares nela. O clima naquela sala podia ser considerado desconfortável e tudo piorou quando uma garota loira perguntou para a professora:

— Sra Winsome quando vamos ter um teste prático já que temos uma nova aluna?

A sala ficou em silêncio e os olhares se voltaram para Seraphine. A garota ficou confusa do porquê desses olhares e resolveu perguntar para o garoto estranho e seu grupinho.

— Por que eles estão olhando para mim?
— Bem, o teste prático é por sua causa.
— Como assim?
— Sabe, uma garota saiu por sua causa, então temos que refazer o "ranking" da sala para saber onde você vai entrar.

Assim que ele disse isso, uma garota que fazia parte do seu grupo o corrigiu.

— O nome dela era Katrina Lukas ela era bastante legalzinha e como ela saiu, temos que aguentar essa nova garota. E o termo certo seria não seria "ranking", mais Seraphine, você tem um rosto bonito, então mesmo se você for a mais fraca, vamos pegar leve com você mais só se você se comportar.

Seraphine estava meio confusa. Ela realmente não prestou atenção quando eles disseram os seus nomes. A garota estava lutando para tentar lembrar o nome dessa garota. Ela tinha um cabelo vermelho bastante vibrante e uma marca de nascença embaixo do olho esquerdo. Sua pele era de um tom bronzeado. Essa garota definitivamente tinha uma aparência bastante específica, mas mesmo assim não conseguia lembrar o nome dela, mas começava com "J". Seraphine ficou um pouco revoltada com o que essa garota falou, afinal, deu a impressão que essa garota não gosta dela e preferiria essa tal "Katrina". Isso foi definitivamente desconfortável.

— Não precisa se preocupar, gatinha a escola tem um ranking entre os alunos, mas as salas fazem seu próprio ranking nos testes práticos. Basicamente, batalhamos entre nós, magia vs magia, e quem fica em último lugar vai ser considerado fraco, então dificilmente vamos querer essa pessoa no nosso grupo no dia do ranking anual.
— Mas isso não faz sentido. Se tem o oficial, por que fazer um falso?
— O oficial é bastante complicado. Há diversas provas que envolvem velocidade, inteligência e a manipulação da magia para passar nessas provas, então simplesmente nós juntamos em grupos para passarmos, então fica menos complicado.
— Entendi.
— Sabe, nem se dê ao trabalho de se preocupar com os garotos da sala. Nenhum homem de verdade vai lutar pra valer com você. Eu mesmo, se lutar com você, vou fazer questão de deixar você atacar primeiro. Mas as garotas da escola e da nossa sala são bastante competitivas.
— Mas por que você iria me deixar te atacar primeiro? Isso não faz sentido.
— Obviamente, você é mais fraca que eu, minha bela dama. Eu sou o 3 no ranking da escola. Você não tem a menor chance comigo em um combate é claro, em outras coisas, você já me conquistou.

Um outro garoto entrou na conversa, rindo da cara do Lukas. Na primeira vez que olhou para o garoto, Seraphine teve certeza que, para alguém que tem 15 anos, ele é bem desenvolvido: cabelos pretos e cacheados e pele morena, mas ele é incrivelmente alto, com facilmente 1.80, bastante forte para um mago. Ela não podia negar que ele era definitivamente bonito.

— Lukas, você tem que parar de dar em cima de garotas que você não tem a menor chance.
— Devo ter mais chance que você, Bruno.
— Vocês são uns idiotas.
— Cala a boca, Jasmine.

Seraphine já estava ficando cansada desse grupinho. Ela estava achando eles bastante arrogantes e mesquinhos. Lukas só dava em cima de Seraphine e a chamou de fraca indiretamente. Jasmine ficava olhando pra ela com uma cara tão arrogante e fechada que Seraphine estava começando a achar que ela tinha algum problema facial. O único que se salvava, por enquanto, era esse tal Bruno. Era bonitinho e talvez tivesse um pouco de juízo.
O resto da aula passou mais rápido. Dessa vez, a professora disse de maneira irritada que o teste prático ia ser depois da aula, às 17 horas. Isso significava que Seraphine não ia ter chance nem de praticar um pouco. A sala estava repleta de ansiedade. A maioria só estava agindo de forma ansiosa para aquela maldita sirene tocar, que significava o almoço. Seraphine não podia negar que ficou bastante feliz quando ouviu aquele som estridente , no momento seguinte ela estava seguindo os outros alunos para o refeitório.

Prosperum o despertar da magiaOnde histórias criam vida. Descubra agora