Capítulo 11 - Rinha de adolecente

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A arena que estava repleta de barulho ficou com um silencio considerável a professora num piscar de olhos ordenou que começassem sem nem pensar Erlys atacou primeiro indo com tudo usando uma combinação admiravel de feitiços de luz

— Glint

Com essas palavras Seraphine ficou completamente cega e pelo som da plateia a maioria também Seraphine não tinha ideia do que fazer ela nunca estudou nada de magia de luz

— Glimmering Copies

Seraphine mal teve tempo pra reagir e assim que ficou cega ouviu Erlys pronunciando outro feitiço tudo oque Seraphine pode fazer era tentar lançar um feitiço para se defender ela estava contando com aquele cajado

— gravitatis obice

Apesar desse feitiço de luz durar apenas alguns segundos, tudo estava acontecendo tão rapidamente que Seraphine só pôde se defender usando o que tinha aprendido com a professora Narcisa. Ainda sem enxergar completamente, Seraphine só podia ouvir algo atingindo sua barreira e diversos gritos de surpresa das pessoas ao redor.

Assim que ouviu um som peculiar, como se algo tivesse quebrado, uma dor imensa surgiu. Era como se seu ombro tivesse sido atravessado por alguma coisa afiada. Ela tentou aguentar a dor, mas, ao recuperar sua visão, viu o estado de seu ombro: uma lança de luz havia quebrado sua barreira e perfurado seu ombro, fazendo o seu sangue escorrer por todo o braço.

Assim que percebeu, diversas outras lanças de luz estavam sendo lançadas em sua direção. Apesar da dor dilacerante, Seraphine não podia permitir-se sucumbir. Mesmo com lágrimas escorrendo dos olhos, ela segurou seu cajado de forma trêmula. Com as lágrimas ainda a escorrer, ela soltou o feitiço que julgava ser o mais útil.

— Stellae collapsae

Erlys teve que interromper seu feitiço de forma brusca para tentar se defender. Apesar do braço de Seraphine estar machucado, o feitiço saiu de forma quase perfeita, fazendo com que diversas estrelas roxas se formassem, indo em direção à elfa do sol. Isso a obrigou a invocar outro feitiço, desta vez de maneira defensiva.

— Lux Obex

Uma barreira de luz ergueu-se, mas as estrelas roxas investiam contra ela com implacável intensidade. Apesar de sua pequenez, sua força era notável, pressionando a barreira de Erlys ao limite. Ela sabia que não podia permitir que aquilo continuasse, pois sua defesa estava à beira do colapso. Ao notar o braço ferido de Seraphine, a determinação cresceu dentro dela; era o momento de agir.

Esperou pacientemente enquanto sua barreira enfraquecia, preparando-se para o momento certo. Decidida a vencer custe o que custar, mesmo que isso pudesse trazer problemas sérios, se preparando recitou o feitiço mais poderoso que conhecia ela finalmente lançou o ataque.

— Lux quae ardet caelum

Assim que Erlys lançou o feitiço, algo inesperado aconteceu. Ela foi atingida na perna por uma das estrelas roxas. No mesmo instante, sentiu como se a gravidade tivesse ficado pesada, puxando-a para baixo. Ela mal conseguia ficar em pé, era como se seu corpo estivesse pesado demais. Com Erlys sendo puxada para baixo no momento em que conjurou o feitiço, isso fez com que ele mudasse de direção. Originalmente destinado ao braço de Seraphine para causar uma queimadura e garantir sua vitória, o feitiço agora estava indo em direção ao rosto de Seraphine. Todos testemunharam uma explosão de luz atingindo Seraphine em cheio.

Assim que Erlys testemunhou aquela cena, ficou assustada. Ela não tinha a intenção de desfigurar Seraphine. Seu coração batia tão rápido que ela não sabia que sentimento era esse, talvez fosse culpa ou remorso. Pela primeira vez, a arena ficou em completo silêncio. Todos estavam esperando a fumaça se dispersar para ver o que tinha acontecido. Os alunos estavam chocados, mas os professores nem mesmo se moveram durante o incidente.

Após a dispersão da fumaça, uma cena inacreditável se revelou: Seraphine havia erguido uma barreira de água que bloqueou o ataque de Erlys. Foi nesse momento que alguns dos alunos entenderam de onde tinha vindo a fumaça, porém todos estavam confusos querendo saber como Seraphine usou magia de água. Enquanto surgiam murmúrios por toda a arena, Seraphine, exausta, caiu de joelhos no chão. Sua visão começou a escurecer aos poucos e ela mal conseguia ouvir alguma coisa; era como se tudo ficasse silencioso.

 A cena se desdobrava diante de Seraphine, mas sua mente turva mal conseguia processar as figuras que surgiam diante dela. Talvez fosse devido à quantidade de mana que havia gasto ou à perda de sangue, ou talvez fossem as duas coisas juntas. A última coisa que ela viu antes de desmaiar foram três figuras que ela nunca tinha visto antes, embora uma delas fosse estranhamente familiar.

Bem na frente dela, havia um homem de cabelos pretos com um semblante triste, cuja expressão parecia carregar o peso de muitas histórias não contadas. Logo ao lado, uma mulher vestida completamente de vermelho, seus cabelos eram tão vermelhos quanto o sangue, seus olhos eram de um carmesim profundo, penetrantes como brasas ardentes seu rosto não apresentava um sorriso de gentileza, mas sim um sorriso enigmático .

Por fim, uma figura familiar para Seraphine se destacava. Diante dela, estava alguém que remetia às gravuras de Fole, o Rei Louco. Seus cabelos dourados brilhavam como raios de sol, enquanto sua armadura de ouro reluzia. No entanto, o que mais impressionava era o sorriso que adornava seu rosto, emanando uma aura de loucura e imprevisibilidade. Era como se estivesse à beira de algo grandioso ou terrível

Antes que Seraphine pudesse entender completamente a presença dessas figuras ou fazer qualquer pergunta, tudo ficou preto ao seu redor, e ela mergulhou na escuridão.

Prosperum o despertar da magiaOnde histórias criam vida. Descubra agora