🚩Capítulo 6: Os garotos de Ares dão uma festa do pijama.

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Finalmente chegou a hora da captura da bandeira. Eu não via a hora disso tudo passar. Havia prometido a mim mesma que começaria a investigar o roubo do raio depois da captura da bandeira — até porque não fazia ideia de por onde começar, e isso me dava tempo para pensar.

Eu já tinha feito uma lista de todos os campistas que estiveram no Olimpo no Solstício de Inverno. Eram quase todos meus amigos: Luke, Annabeth, Michael, Thomas, Nancy, Anne, Helena, Clarisse... Argh! Éramos um total de 15 campistas. Tornava-se cada vez mais árduo imaginar que algum deles tivesse feito tamanha proeza. Era confuso para mim pensar que algum dos meus amigos queria uma Guerra Geral entre os deuses.

Voltando à captura da bandeira, foi logo depois do jantar, quando os pratos foram levados embora. A trombeta caramujo soou e todos nós nos postamos junto às nossas mesas.

Os campistas gritaram e aplaudiram quando Annabeth e dois de seus irmãos entraram correndo no pavilhão, carregando um estandarte de seda. Tinha cerca de 3m de comprimento, reluzindo em cinza, com a pintura de uma coruja em cima de uma oliveira. Do lado oposto do pavilhão, Clarisse e as irmãs entraram correndo com outro estandarte, de tamanho idêntico, mas vermelho-berrante, com a pintura de uma lança sanguinolenta e uma cabeça de javali.

Percy se virou para mim e Luke, gritando por cima do barulho:

— Aquelas são as bandeiras?

— Sim — respondi.

— Ares e Atena sempre lideram as equipes?

— Nem sempre, — disse Luke — mas frequentemente.

— Então, se um outro chalé capturar uma delas, o que vocês fazem? Pintam de novo a bandeira?

Luke sorriu ironicamente e olhou para mim, que ri.

— Você vai ver... Mas primeiro temos que conseguir uma — eu falei.

— De que lado nós estamos?

Entreolhamos-nos novamente e demos uma profunda olhada em Percy Jackson. O plano já estava montado e o garoto, assim como eu, éramos as "cerejas do bolo". Só que não podíamos contar para ele, acreditávamos que ele nunca aceitaria. Tudo ideia de Annabeth.

— Fizemos uma aliança temporária com Atena. Esta noite, tiraremos a bandeira de Ares. E você vai ajudar — disse o loiro, a sua cicatriz deixava-o com cara de mau à luz das tochas.

— Mas fique tranquilo, vai dar tudo certo, é só fazer o que Annabeth mandar... — tranquilizei-o. Eu realmente esperava que desse tudo certo.

As equipes foram anunciadas. Atena tinha feito aliança com Apolo e Hermes — os dois maiores chalés. Havíamos trocado privilégios — horários de chuveiro, escala de deveres, as melhores posições nas atividades. Annabeth era boa em fazer acordos, embora ela soubesse que seria muito difícil a equipe de Ares conquistar o apoio do chalé 11, já que eu tinha uma certa implicância com Clarisse e suas irmãs — basicamente, não gostava do jeito que elas agiam. Mesmo não sendo Conselheira-chefe do chalé 11, digamos que minha opinião era muito, muito influente...

Ares tinha se aliado a todos os outros: Dionísio, Deméter, Afrodite e Hefesto. Eu não estava preocupada. Os campistas de Dionísio eram na verdade bons atletas, mas havia apenas dois deles — Victor e George. Os de Deméter tinham ligeira vantagem em habilidades na natureza e atividades ao ar livre, mas não eram muito agressivos — minha amiga Anne que o diga, ela era uma florzinha, nunca machucaria uma formiga! Os filhos e filhas de Afrodite, bem, a única que se salvava um pouco era minha amiga Nancy — que ia nas aulas, participava das atividades. Os outros moradores do chalé 10 só queriam saber de pentear os cabelos e fofocar. Inclusive acredito que foram eles que iniciaram os boatos sobre mim... Os filhos de Hefesto eram grandes e corpulentos, de tanto trabalhar na oficina com metais o dia inteiro, mas eles eram apenas quatro — Rick, Joanne, John e meu amigo Chris.

O Ladrão dos Sonhos | Percy JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora