🌸 Capítulo 13: Encontraram a mensageira desmemoriada.

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— Els? — ouvi uma voz perguntar.

"Quem é Els? Els é um nome? Que nome engraçado..." Pensei, distraída. Estava atravessando o saguão do hotel, rumo à piscina aquecida. Gostava de começar o meu dia nadando um pouco.

— Els!! — gritou uma voz com afinco.

Um menino moreno veio em minha direção, correndo. Uma garota loira e um menino-bode o seguiram. O garoto tocou no meu ombro, dizendo:

— Els? O que está fazendo aqui?

— Quem é Els? — rebati, confusa — Lindo dia, hein?

— Percy, não temos tempo para isso. — disse seriamente a menina loira .

— Não podemos deixar ela aqui! — protestou o garoto, que pegou a minha mão e me puxou junto com ele.

Eu simplesmente fui, alegremente. Fomos andando em direção à porta, e quando fizemos isso, o cheiro de comida e os sons dos jogos pareceram ficar mais e mais convidativos.

— Onde vocês estão me levando? Eu quero ficar! — protestei, contudo o garoto prendia fortemente minha mão e me puxava com passos decididos.

Quando o sol tocou pela primeira vez em meus olhos, eu senti minha cabeça latejar. Era uma sensação esquisita, parecia não haver nada em minha mente. Simplesmente tudo tinha desaparecido. Ou quase tudo...

— E-eu sou Els... — murmurei. Olhei para meu corpo com estranheza. Percebi que havia uma mochila e um tubo de projetos nas minhas costas. Havia também uma pulseira na minha mão esquerda que dizia:

"Paciente: Eleanor Ramirez

Número 89763467

UCLA Emergency Medicine"

Eleanor Ramirez... Sim! Essa era eu! Mas o que estava acontecendo comigo? Onde eu estou? Como cheguei até aqui?

— O que você está fazendo aqui, hein? — perguntou a loira. Eu conhecia ela de algum lugar, não conhecia? — Essa é a minha missão!

— Que missão? Do que vocês estão falando? — questionei, sentindo-me completamente perdida.

— Acho que ela está confusa, Annabeth — falou o menino-bode — Eu também me sinto esquisito... Não sei de que missão você está falando.

— Argh! — bufou a tal Annabeth e olhou para os lados — Cadê Percy?

"Percy... Eu conheço um Percy!". Minha cabeça protestou quando tentei lembrar mais coisas além disso, latejando.

O garoto moreno bonito voltou caminhando com um jornal nas mãos.

— Temos um problema! — ele disse.

Um trovão ecoou alto, parecia que fizera o chão tremer. Só agora eu reparava no céu tempestuoso, com nuvens enegrecidas, iluminadas aqui e ali por raios que desciam dos céus.

— Nós ficamos 5 dias presos no Cassino Lótus, hoje é dia 20 de junho! — Percy continuou.

— Não é possível! — disse Annabeth, boquiaberta.

— O que que tem? — questionou o menino-bode, tão confuso quanto eu.

— Tenho que devolver o Raio-Mestre amanhã para Zeus, se quiser evitar essa guerra. — explicou Percy. Outro trovão instaurou-se à nossa volta, de novo aquela sensação de que tudo estava balançando.

Raio-Mestre? Zeus? Isso me soava familiar de alguma forma esquisita.

— Pelos deuses, Percy! Não fale esse nome! — exclamou o menino-bode, assustado.

O Ladrão dos Sonhos | Percy JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora