O sinal tocou, indicando o início da aula. Eu suspirei profundamente e me dirigi ao meu armário. Não era exatamente o melhor jeito de começar o dia. Peguei o livro de Matemática – a matéria que eu mais odiava – e caminhei até a sala, já prevendo que seria uma aula longa e entediante.
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A aula estava quase acabando, mas a monotonia foi quebrada quando Sofia abriu a porta da sala de repente. Ela estava visivelmente exausta, com olheiras enormes e o cabelo bagunçado, ainda úmido pela chuva que caía lá fora. Seu olhar estava carregado de cansaço, e a ressaca era evidente.
O professor, claramente irritado, cruzou os braços e a encarou com desaprovação.
— Sinto muito, Sofia, mas nesta aula você não entra. Já passou do horário. Só na próxima! — Ele disse, apontando uma régua para ela.
Sofia, com um olhar entediado, revirou os olhos. Seus olhos vasculharam a sala, e percebi que ela estava me procurando. Quando nossos olhares se encontraram, ela moveu os lábios em silêncio, mas consegui entender: "Me encontra lá fora".
— Vamos, Sofia! — o professor a repreendeu novamente.
Ela saiu da sala, fechando a porta atrás de si. O professor pigarreou, tentando retomar o que estava dizendo antes de ser interrompido.
Finalmente, o sinal tocou, indicando o intervalo. Os alunos levantaram de suas cadeiras rapidamente, como prisioneiros em busca de liberdade. Eu não perdi tempo e saí da sala depressa, encontrando Sofia sentada em uma mesa no refeitório, comendo um sanduíche de peito de peru. Sentei-me ao lado dela, e ela me ofereceu o sanduíche, sua voz soando lenta e cansada:
— Quer?
Balancei a cabeça, recusando, e aproveitei a oportunidade para começar o sermão.
— Onde estava com a cabeça ao sair ontem à noite?! Que horas você chegou, Sofia?!
Ela fechou os olhos e gemeu de cansaço.
— Luna, estou com uma dor de cabeça tremenda. Será que pode falar mais baixo? — ela suspirou, e eu a olhei irritada.
— Se não tivesse saído às escondidas, não estaria com dor de cabeça. Ou seja, não estaria de ressaca! — Ela revirou os olhos e levantou as mãos em rendição.
— Tá bom, mamãe! — ela disse, provocando.
Eu dei um empurrãozinho nela.
— Estou falando sério!
Ela suspirou novamente e me olhou com um misto de culpa e resignação.
— Tá, tá, eu sei que vacilei, mas você nem me perguntou como foi o encontro! Talvez tenha sido tão bom que valeu a pena chegar tarde.
Eu a observei e suspirei, percebendo que estava curiosa.
— Certo, como foi o encontro?
O rosto dela se iluminou instantaneamente, e um sorriso surgiu em seus lábios. A ressaca parecia ter desaparecido ao falar do encontro, e ela deu pequenas palminhas, animada.
— FOI P-E-R-F-E-I-T-O, sério amiga, valeu a pena aquela escapadinha à noite.
— Não sei como você consegue sair assim de casa sem medo de ser pega — comentei, um pouco impressionada.
— É prática! Você vai aprender — Sofia disse, piscando o olho para mim.
— NUNCA, Sofia — declarei, fazendo-a rir.
O sinal tocou novamente, e Sofia suspirou, cansada. Fomos para a próxima aula, que parecia durar uma eternidade, mas finalmente terminou.
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Antes De Te Conhecer - livro 1
Roman d'amourLuna Campbell é uma garota de 17 anos que Desde sempre, nutriu uma paixão secreta por Figuirel Coleman, seu vizinho milionário e colega de escola. Figuirel, com seu charme irresistível e sua vida cheia de aventuras, sempre esteve cercado de garotas...