Antes De Te Conhecer - livro 1

CAPÍTULO 7

Gabriela dá um gole na bebida que estava em sua mão e diz:

— Verdade.

Lucca olha para ela, pensativo.

— O lugar mais louco que você já transou?

Gabriela sorri e coloca o cabelo atrás da orelha, ponderando.

— No banheiro químico de um show — ela afirma, ainda sorrindo.

Todos na roda dão risada, e Gabriela dá de ombros, tomando mais um gole da bebida.

— A gente tem que agarrar as oportunidades que a vida nos dá! — Ela diz sorrindo, colocando o copo de bebida ao seu lado. Então, estica a mão e gira a garrafa novamente.

Quando a garrafa para, está apontando para Guirel. Ela sorri maliciosamente, seus olhos brilhando de expectativa.

— Verdade ou desafio, Guirel?

Ele suspira, parecendo entediado.

— Verdade.

— Tá com medo do meu desafio?

— Óbvio que não — respondo, com um sorriso desdenhoso. — Só estou com preguiça.

— Sei... então conta pra nós qual é o seu maior segredo? — Gabriela pergunta, enquanto todos olham para mim, esperando.

— Você sabe que não vou responder.

— Então vai ter que pagar desafio.

— Ok — digo, despreocupado.

Gabriela olha ao redor da festa, pensando em algo.

                               Luna Campbell

A noite continua, e a festa começa a esvaziar à medida que as pessoas vão embora. Sofia e Henrique insistem para que eu beba água, para não ficar tão bêbada.

— Se você beber demais, sua mãe te mata, e depois ME mata! E eu não posso morrer agora! — Sofia diz, com uma expressão dramática.

Eu rio, divertindo-me com sua preocupação.

— Não estou bêbada, Sofia. Aliás, você bebeu mais do que eu — digo, rindo.

— É melhor irmos, já são 2:30 — Sofia diz, olhando o horário em seu celular.

— Eu preciso ir também. Vejo vocês na segunda, na escola — Henrique diz, acenando para nós.

— Tchau! — digo.

Henrique se despede e sai da festa.

— Vamos também? — digo para Sofia.

— Vamos, só vou ao banheiro rapidinho, estou apertada — diz Sofia.

— Ok — respondo.

Sofia se afasta, e eu me aproximo de uma cadeira para me sentar. Contudo, acabo tropeçando e quase caindo. Antes que eu pudesse atingir o chão, alguém me segura pela cintura.

Olho para ver quem é e reconheço imediatamente aqueles cabelos castanhos e olhos escuros. Eu reconheceria de longe aquela mandíbula definida e aqueles traços

𝑬𝒓𝒂 𝒇𝒊𝒈𝒖𝒊𝒓𝒆𝒍!

Ele me encara, e um sorrisinho surge no canto de sua boca.

— Olhe pra onde anda, princesa.

Eu me levanto rapidamente e tiro a mão dele da minha cintura. Ele cruza os braços, olhando para mim.