capítulo 23

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Quando cheguei na saída da casa de mibel notei figuirel e Lucca sentados em um banquinho no jardim da casa,figuirel estava com as mãos entre a cabeça enquanto conversava com Lucca, ele parecia nervoso ainda e sua respiração ainda acelerada, eu o vejo levantar o olhar pra mim então eu rapidamente desvio nervosa e saio da casa deixando toda o barulho e a multidão de pessoas para trás

senti um arrepio percorrer minha espinha quando seus olhos encontraram os meus.

Por um breve instante, o mundo ao nosso redor pareceu desaparecer, mas eu rapidamente desviei o olhar, incapaz de encarar a intensidade daquele momento. A culpa e a incerteza pesavam em meu coração, tornando difícil enfrentar o olhar de Figuirel. Eu me perguntava o que ele estaria pensando naquele momento.

Eu estava na calçada da rua,o vento batia e meus cabelos voavam,a brisa fria me fazia arrepiar,eu passo à mais pelos braços tentando "parar" o frio,até que sinto alguém se aproximando de mim, sinto algo ser colocado em mim e quando me viro figuirel havia passado sua jaqueta no meu ombro.

— Está sozinha né? já estou indo também eu levo você — Diz figuirel parando ao meu lado de braços cruzados observando a rua, eu o olho por um breve momento

— Ah não, não precisa eu vou pedir um táxi — Sorriu de leve tentando disfarçar

— Nenhum táxi vai passar a essa hora, além do mais você veio com Sofia e ela não parece que vai embora agora!

Eu me viro pra ver e realmente Sofia não iria embora agora,ela estava bebendo diretamente na garrafa e virava cada vez mais,eu suspiro derrotada

tem outra opção?! Pelo visto não

Eu olho pra figuirel e percebo que ele estava me olhando essa tempo todo esperando por uma resposta

Eu olhei em volta, a rua deserta parecia concordar com ele. Por um momento, considerei ceder, mas algo dentro de mim resistia.

— Eu me viro — eu disse, mais para convencer a mim mesma do que a ele.

— vamos lá luna, eu insisto, além de que é muito perigoso sair andando uma hora dessas e somos vizinhos, não vai mudar a minha rota

Eu continua olhando pra ele e seu olhar passa proteção genuína.
Eu suspiro e digo:

— Tá, eu vou - digo

                                        •   •   •

Estávamos mais afastados da festa somente eu, ele e o carro.
ele me guiou até o carro, abriu a porta para mim.

Ainda dava pra escutar o barulho da festa. Com um suspiro, eu entrei.

Ele entrou depois de mim, dando a partida no carro, e enquanto nos afastávamos, eu senti algo se desfazer dentro de mim. Talvez fosse o medo, talvez fosse a raiva, ou talvez fosse apenas o alívio de estar ali, ao lado de alguém que, apesar de todas as diferenças, se importava o suficiente para insistir.

Ele estava dirigindo e parecia muito concentrado na estrada em sua frente até que de repente me olha por um breve momento e então diz

— Me desculpe pela briga com Henrique — ele começa — mas aquele cara só fala besteira, você me conhece luna sabe que nem tudo o que ele disse é verdade! — Ele diz sem tirar os olhos da estrada.

— Henrique não fez por mal, ele só queria... — paro para pensar na palavra —"me proteger" sei lá — Figuirel me olha

— Essa é a questão, te proteger?! De quem?! De mim? Não sou tão pessimo como Henrique diz luna! Ele tem que PARAR de tentar bancar o herói! — Ele diz

Antes De Te Conhecer - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora