Assim que Jeongguk saiu de seu quarto, Taehyung fechou a porta com força. Ele enterrou as mãos nos cabelos, enquanto seu cérebro trabalhava rápido demais tentando processar os últimos acontecimentos. Que porra deu na cabeça dele? Ele queria que Jeongguk fosse embora e decidiu o beijar para deixar isso claro? Caralho, ele era um idiota. Um completo idiota! Se já seria difícil lidar com alguém como Jeongguk antes, depois daquele beijo, de sentir o gosto da boca dele e o quanto era bom, tudo ficaria ainda pior. Para completar, o maldito ainda disse que não faria caridade de novo. Filho da puta! Quem ele pensava que era?
Seguindo direto para a cama, Taehyung pegou o celular para ligar para o pai. Ele não se importava se Do Hyun estivesse ocupado, continuaria ligando até ser atendido. No quarto toque, Do Hyun o atendeu com a seriedade de sempre.
— Pai, escolhe outro — o ex-soldado foi direto ao ponto.
— Do que você está falando, Taehyung?
— Você sabe muito bem do que estou falando. Eu não quero esse garoto aqui. Onde você estava com a cabeça quando contratou uma criança para ser meu cuidador? Ficou maluco? — seu tom de voz soou alterado e impaciente.
— Ele tem vinte e quatro anos, está bem longe de ser uma criança.
— Pai, por favor, eu aceito qualquer um, menos ele.
— Você expulsou todas as outras opções, se esqueceu? — Do Hyun bufou, cansado de todo aquele drama sobre cuidadores. — Qual é o problema com Jeongguk? Ele acabou de chegar, duvido que tenha dado tempo de o conhecer direito.
— Não quero que uma criança cuide de mim. Eu não quero que ninguém cuide, na verdade. Mas como você não me deu outra opção, pelo menos, contrate alguém experiente. Não é possível que na Coreia inteira, esse cara seja a pessoa mais eficiente que você encontrou.
— Não tem mais ninguém, Taehyung. Eu contratei todas as melhores opções das maiores agências e você fez todos desistirem.
— Isso só pode ser brincadeira. Onde foi que você arrumou esse garoto? Ele não é treinado em porra nenhuma, exceto se, por treinado, você quer dizer que ele passa horas na academia.
— Eu nunca disse que ele era. Mas tenho certeza que Jeongguk vai fazer o que for preciso.
— Como o quê? Limpar a minha bunda e dar comida na minha boca?
— Estou cansado disso, Tae. Eu saí dessa casa acreditando que tínhamos chegado a um acordo.
Taehyung bufou, contrariado. Será que seu pai não entendia? Ele não conseguia ver como seria uma tortura manter Jeongguk lá? Ou a intenção dele era exatamente essa? Torturar o próprio filho e o fazer enlouquecer por ser obrigado a conviver com o tipo de cara que ele faria tudo para ter em sua cama antes. Taehyung travou o maxilar, com vontade de socar alguma coisa.
— Não esqueci do nosso acordo, principalmente quando isso é sobre o meu pai querendo me expulsar de casa.
— Não seja tão dramático, Taehyung. Isso não combina com você. Haja como um homem de vinte e oito anos e não como a porra de uma criança mimada.
— Por favor, pai — implorou, se odiando pelo tom de desespero em sua voz. Ele estava se humilhando, mais do que já se sentia humilhado. — Não estou desistindo do acordo, apenas pedindo uma intervenção. Eu não quero ele aqui.
— Não — respondeu, incisivo.
— Por que não? Eu só quero que seja alguém normal, não a porcaria de um cara que parece ter saído da capa de uma revista esportiva que faz propaganda de proteína em pó!
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⌜em pedaços • tk⌟
Romance⌜strangers to lovers • ex-soldado machucado & cuidador • angst • segundas chances⌟ Jeon Jeongguk é um jovem de 24 anos considerado o cara perfeito. Rico, lindo e popular, ele sempre teve tudo o que quis, no entanto, Jeongguk guarda um segredo que o...