⌜DAZED & CONFUSED⌟

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— A que devo a honra dessa visita inesperada? — Taehyung perguntou assim que entraram no escritório.

Enquanto caminhavam até o cômodo, ele teve um déjà vu de algumas semanas atrás, quando o pai lhe deu a notícia sobre o novo cuidador. Taehyung deixou a porta encostada e seguiu até a cadeira de frente para a mesa. Do Hyun se sentou na outra e enquanto o observava, Taehyung não conseguiu identificar o que a expressão em seu rosto significava.

— Quando falei que você deveria sair para se distrair, não significava arrumar confusão em um bar Taehyung — respondeu, o fazendo entender que aquela expressão significava que o pai estava bravo. Talvez, irritado.

Taehyung revirou os olhos, e respirou fundo.

— Quem te contou?

— Hoseok ficou preocupado com você.

— Claro, Hoseok é um fofoqueiro. Achei que ele havia parado com essa mania de falar o que não deve. Porém, você está meio atrasado, não acha? Isso aconteceu na semana passada.

— Sabe que sou um homem ocupado, e por mais que você aja como uma criança mimada, não posso largar tudo para vir te repreender. O que deu em você? — perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Eu não fiz nada, pai. Apenas fui a um bar com Hoseok e Jeongguk.

— Achei que você não gostasse de aparecer na frente de pessoas que não conhece.

Ele realmente não gostava. Mas por Jeongguk, abriu uma exceção. Foi um desastre, é claro, mas não precisava dizer aquilo em voz alta. Ainda estava muito confuso, e Do Hyun era a última pessoa a quem contaria o motivo de Jeongguk ainda estar lá, diferente dos outros cuidadores.

— Você deveria estar feliz por eu sair, mas aparentemente está chateado. Estou um pouco confuso.

— Hoseok me contou que aconteceu uma briga.

— Pelo amor de Deus, não foi nada de mais. Um cara estava sendo idiota com o Jeongguk e só pedi para que parasse. Ele começou a me ofender, Jeongguk se irritou, socou o cara, tomou um soco, vim embora. Fim da história. Nada especial.

— Por não ser nada especial, foi que peguei vocês dois aos beijos no chão da sala? — perguntou. Taehyung ficou em silêncio, fechando as mãos em punhos para manter o controle. Não queria que o pai se envolvesse naquilo, muito menos que soubesse, era para ser algo apenas dele e Jeongguk. — Ele está bem? Percebi que estava com o lábio machucado.

— Sim... o outro cara provavelmente está pior. Acho que Jeongguk quebrou o nariz dele — contou, mal contendo o sorriso orgulhoso. — Mas eu disse a ele que não precisava ter feito isso por mim.

— Ele parece ainda mais jovem do que a foto que vi — comentou aleatoriamente.

— Você o viu antes de o contratar? — Taehyung arqueou a sobrancelha.

Do Hyun não respondeu verbalmente, mas o sorriso que surgiu em seu rosto foi resposta o suficiente. Claro que sim. Mais do que nunca, a contratação de Jeongguk pareceu óbvia. O pai sabia que ele era exatamente o tipo que o atrairia. O tipo que faria seu sangue voltar a correr nas veias de várias maneiras diferentes. Bufou, se sentindo um boneco facilmente manipulado.

— O que você quer, pai? Você não veio de Seul aqui apenas para me dar uma bronca por arrumar uma confusão em um bar — disse, direto.

— Fiquei preocupado. Hoseok disse que você saiu muito perturbado do bar. Queria saber se estava bem.

— E um telefonema não evitaria todo o trabalho de vir até aqui?

— Por que você precisa agir assim, Taehyung? Achei que a presença de Jeongguk ajudaria com o seu temperamento.

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