A porta está encostada quando Chan chega. Não precisa tocar a campainha nem se anunciar de qualquer outra forma, ele entra e passar a tranca antes de largar a mochila no chão, ao lado do sofá para não atrapalhar ninguém em um momento de distração.
O frio permanece como um lembrete da vontade de vai fazer nada. Chan gosta de tomar um banho quente quando chega da rua a fim de deixar a impassibilidade do clima do lado de fora, mas agora sobe no sofá, passa uma perna de cada lado das de Jeongin e se senta.
Chan sorri com as mãos que logo apertam sua cintura e puxam corpo contra corpo, mas logo molda os lábios aos de Jeongin em um beijo cheio de saudades mesmo com o pouquíssimo tempo de intervalo desde a última vez em que se viram. A intenção que tem ao beijá-lo muda quando a língua de Jeongin invade a sua boca e se mistura à sua.
É um beijo calmo, terno mesmo quando a mão alheia o segura pela nuca e o prende àquele contato. Um gemido escapa de Chan antes do previsto, mas ele morde o lábio inferior de Jeongin e se afasta para encará-lo.
— Tô te deixando muito mal acostumado vindo pra cá sempre.
Jeongin balança a cabeça, escorregando as mãos para a bunda de Chan a fim de apertá-lo com tanta vontade que seu corpo pende para frente.
— Tenho que aproveitar quando o Felix não tá com você, não é culpa minha.
Chan se inclina para um último e rápido beijo antes de se jogar no sofá ao lado de Jeongin, o celular em mãos para se embrenhar na rotinha que conseguiram estabelecer durante os poucos dias compartilhados entre ambos.
— Quer que peça o quê?
— Pra comer?
— É.
— Nada, eu fui ao mercado ontem. Vai tomar banho que eu vou preparando as coisas.
— Tá, eu vou, mas volto rapidinho pra te ajudar.
Chan está de pé, pronto para sumir pelo estreito corredor, em direção ao banheiro, mas se detém quando Jeongin o segura pela mão. Ele para, volta os passos para olhar nos olhos brilhantes de Jeongin, espremidos por um sorriso cheio de covinhas.
— Que foi?
— Tava pensando que a gente podia sair amanhã, né?
— É? Pra onde?
— Cinema?
— Hum... Tipo um encontro?
— Tipo um encontro.
Chan sorri com o jeito discreto de Jeongin chamá-lo para sair quando se acostumou à sua falta de meias palavras para conseguir o que quer. É uma mudança bem-vinda para o momento, uma novidade passageira que abraça mesmo sem fazer muito alarde para não assustar.
Não há convite ao apoiar uma das mãos no ombro de Jeongin antes de se inclinar e deixar um novo beijo sobre seus lábios, simples, porém duradouro, como se pudesse conter a própria vontade de fazer mais, de jogar todas as roupas no chão e voltar a subir em Jeongin no sofá para nunca mais se levantarem.
Infelizmente, afasta-se de novo para encarar o rosto que lhe sorri de volta sem parecer pedir mais nada em troca, satisfeito com os mínimos gestos que Chan lhe oferece, ou assim Chan espera.
— Amanhã a gente vai ao cinema, então.
***
Jisung está estranho. É de repente, mas está. De frente para ele na mesa, Minho consegue perceber bem o momento em que Jisung se movimenta na cadeira como se não achasse uma posição confortável o suficiente. É rápido, mas os sentidos de Minho ficam em alerta como se fosse um presságio para alguma desgraça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amigo é meu pau | jeongchan
FanfictionChan parece ter tudo: o emprego dos sonhos de muita gente, um rosto bonito, um corpo de salivar, e o tempo cronometrado com ele não é suficiente para satisfazer Jeongin. Seria fácil tê-lo de novo se Chan não fosse amigo do seu pai e quisesse dificul...