Jeongin tem a impressão de que ele e Chan estão se vendo cada vez mais durante aquela semana. Por isso, não se importa em aceitar o convite de almoçar na casa de Chan na sexta, antes de dar o horário de Felix sair da escola.
A flexibilidade de poder trabalhar em casa em alguns dias o ajuda em momentos como esse, então cumpre com os afazeres necessários pela manhã antes de sair. Não sabe o que vão fazer ainda, se Chan vai cozinhar ou se vão pedir comida, mas está preparado para fuçar a cozinha alheia pela primeira vez se Chan estiver com preguiça, porque sabe que não é sempre que ele come direito.
Antes de sair do prédio, manda uma mensagem dizendo que está a caminho e não verifica o celular depois disso. Eles não se falaram durante a manhã inteira, e não é problema; da mesma forma que Jeongin estava ocupado com o trabalho, Chan também devia estar.
O problema mesmo é quando para na porta do apartamento e toca a campainha de Chan. Espera por cinco minutos e toca de novo. Tira o celular do bolso para confirmar o endereço e está certo, abre o chat para ver se Chan respondeu a mensagem e nada. É obrigado a tocar de novo.
Pensa até em ir embora em seguida, mas escuta passos arrastados do lado de dentro e logo Chan abre a porta com a cara mais amassada do mundo e o cabelo desnivelado.
— Eu esqueci completamente, desculpa.
— Tava dormindo? — Jeongin franze o cenho, porque nunca viu Chan dormir à tarde, ainda mais em dia de semana. — Tá tudo bem?
Ele continua na porta, mesmo quando Chan abre caminho, porque não quer ser entrão de atrapalhá-lo caso não seja um bom momento.
— Felix passou mal e eu tive que buscar ele pra ir pro hospital. É uma virose, mas ele chegou e dormiu e eu acabei cochilando também.
— Ele tá bem?
— Vai ficar, mas ainda tá bem caidinho.
— Vocês já comeram?
Chan olha para o relógio no pulso e suspira antes de balançar a cabeça.
— Ainda não, preciso ver isso.
— Fica aí. Fica com o Felix que eu vou na rua comprar umas coisas e volto.
Chan balança a cabeça negativamente mais uma vez e o segura pelo pulso para mantê-lo no lugar quando Jeongin queria estar no elevador.
— Não, vai te dar um trabalhão.
— Não vai, deixa de ser teimoso, eu volto logo, logo.
A mão de Chan ainda o segura, mas ele assente e, ao invés de soltá-lo, puxa-o mais para perto. Jeongin sente o corpo relaxar quando os lábios do outro pousam nos seus em um beijo que é um toque, mas o faz respirar fundo.
— Se precisar, me liga, vou ficar com o celular.
***
Assim que fecha a porta, Chan vai ao quarto de Felix para se certificar de que o filho ainda está dormindo e pega o celular antes de se jogar sentado no sofá, olhos fechados, porque não está com sono, mas a ida ao hospital e a preocupação com o filho drenaram suas energias. Ele aproveita para falar com Jisung e Changbin, perguntar se está tudo bem e responder as mil e uma mensagens sobre a saúde do filho.
Jeongin não demora muito, mas volta carregado de sacola e Chan o ajuda a colocar tudo na pia da cozinha a fim de ver os detalhes de tanta compra, porque não é possível Jeongin gastar tanto dinheiro assim em uma ida à rua.
— Me diz quanto eu te devo.
— Que me deve?
— Jeongin, sério. Você comprou um monte de coisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amigo é meu pau | jeongchan
FanfictionChan parece ter tudo: o emprego dos sonhos de muita gente, um rosto bonito, um corpo de salivar, e o tempo cronometrado com ele não é suficiente para satisfazer Jeongin. Seria fácil tê-lo de novo se Chan não fosse amigo do seu pai e quisesse dificul...