IX

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Jeongin tem a impressão de que ele e Chan estão se vendo cada vez mais durante aquela semana. Por isso, não se importa em aceitar o convite de almoçar na casa de Chan na sexta, antes de dar o horário de Felix sair da escola.

A flexibilidade de poder trabalhar em casa em alguns dias o ajuda em momentos como esse, então cumpre com os afazeres necessários pela manhã antes de sair. Não sabe o que vão fazer ainda, se Chan vai cozinhar ou se vão pedir comida, mas está preparado para fuçar a cozinha alheia pela primeira vez se Chan estiver com preguiça, porque sabe que não é sempre que ele come direito.

Antes de sair do prédio, manda uma mensagem dizendo que está a caminho e não verifica o celular depois disso. Eles não se falaram durante a manhã inteira, e não é problema; da mesma forma que Jeongin estava ocupado com o trabalho, Chan também devia estar.

O problema mesmo é quando para na porta do apartamento e toca a campainha de Chan. Espera por cinco minutos e toca de novo. Tira o celular do bolso para confirmar o endereço e está certo, abre o chat para ver se Chan respondeu a mensagem e nada. É obrigado a tocar de novo.

Pensa até em ir embora em seguida, mas escuta passos arrastados do lado de dentro e logo Chan abre a porta com a cara mais amassada do mundo e o cabelo desnivelado.

— Eu esqueci completamente, desculpa.

— Tava dormindo? — Jeongin franze o cenho, porque nunca viu Chan dormir à tarde, ainda mais em dia de semana. — Tá tudo bem?

Ele continua na porta, mesmo quando Chan abre caminho, porque não quer ser entrão de atrapalhá-lo caso não seja um bom momento.

— Felix passou mal e eu tive que buscar ele pra ir pro hospital. É uma virose, mas ele chegou e dormiu e eu acabei cochilando também.

— Ele tá bem?

— Vai ficar, mas ainda tá bem caidinho.

— Vocês já comeram?

Chan olha para o relógio no pulso e suspira antes de balançar a cabeça.

— Ainda não, preciso ver isso.

— Fica aí. Fica com o Felix que eu vou na rua comprar umas coisas e volto.

Chan balança a cabeça negativamente mais uma vez e o segura pelo pulso para mantê-lo no lugar quando Jeongin queria estar no elevador.

— Não, vai te dar um trabalhão.

— Não vai, deixa de ser teimoso, eu volto logo, logo.

A mão de Chan ainda o segura, mas ele assente e, ao invés de soltá-lo, puxa-o mais para perto. Jeongin sente o corpo relaxar quando os lábios do outro pousam nos seus em um beijo que é um toque, mas o faz respirar fundo.

— Se precisar, me liga, vou ficar com o celular.

***

Assim que fecha a porta, Chan vai ao quarto de Felix para se certificar de que o filho ainda está dormindo e pega o celular antes de se jogar sentado no sofá, olhos fechados, porque não está com sono, mas a ida ao hospital e a preocupação com o filho drenaram suas energias. Ele aproveita para falar com Jisung e Changbin, perguntar se está tudo bem e responder as mil e uma mensagens sobre a saúde do filho.

Jeongin não demora muito, mas volta carregado de sacola e Chan o ajuda a colocar tudo na pia da cozinha a fim de ver os detalhes de tanta compra, porque não é possível Jeongin gastar tanto dinheiro assim em uma ida à rua.

— Me diz quanto eu te devo.

— Que me deve?

— Jeongin, sério. Você comprou um monte de coisa.

Amigo é meu pau | jeongchanOnde histórias criam vida. Descubra agora