EU TE VEJO - Um romance com o Coringa.

17. Julgamento - Parte 1.

NOTAS INICIAIS:

POR FAVOR, não pule essa nota. O Terceiro Ato marca um período crucial da fanfic. Mas ''Eu Te Vejo'' é um projeto que vai além do que vocês talvez imaginem. Alguns comentários me passam a impressão de que alguns não estão satisfeitos com os acontecimentos, mas se tem uma coisa que nosso querido Coringa é, é imprevisível, cru e surpreendente e eu não posso mudar o jeito dele. Esses capítulos são longos mas não é pra encher linguiça. Cada cena, cada diálogo, alguns detalhes, tem um significado, um propósito que vai fazer sentido mais a frente. Eu sei que vocês já viram isso acontecer em alguns capítulos. Eu me importo muito com a evolução, sentimento e motivação dos personagens e tento ser fiel à como eles são. Não dá pra descrever os sentimentos e motivação do Coringa porque aí deixa de ser o Coringa. Mas tudo fará sentido na hora certa e do jeito apropriado, prometo. Cada ponta solta terá seu desfecho. Por favor, confiem em mim.

Eu acredito demais nesse projeto, então fiquem e curtam porque eu prometo que vocês não vão se arrepender e vão ser surpreendidos de um jeito muito bom. Continuem fazendo parte do "Eu Te Vejo" e fiquem atentos.

MUITO obrigada a todos os comentários, CADA UM DELES me motiva demais.

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''Sinto vontade de arranhar minha pele com uma faca, só para sentir outra coisa além de vergonha....''

Paula Hawkins

A Garota no Trem

— Fico grato pela visita... Me olhando desse jeito, fico na dúvida se está aqui por conta da Britta ou por causa de um de seus segredinhos.

Deitado e algemado nos quatro membros às extremidades da maca, a imagem de Coringa era debilitante. Vestindo a calça do pijama laranja da prisão, ele tinha o tronco exposto, onde o grande curativo cobria a lateral esquerda de seu abdômen, onde Britta o golpeou com a lâmina. Ele respirava com dificuldade, por conta da dor que sentia, já que estava recebendo apenas soro intravenoso e antibióticos, nada mais. Uma equipe médica fez sua cirurgia na enfermaria da Penitenciária D42.

A pele de seu rosto estava livre da maquiagem e pela primeira vez, Bruce via seu maior oponente por completo. No entanto não achava que isso o ajudaria a descobrir sua verdadeira identidade, já que, mesmo com a alta tecnologia de detecção de rostos que tinha na Batcaverna, não teve  respostas satisfatórias baseadas no vídeo em que o criminoso aparece de cara limpa no hospital antes de seu infame encontro com Britta. Já havia feito buscas com material genético que conseguiu do meliante mas nunca teve algum indício de quem ele realmente era.

Coringa estava pálido e suava frio, o que lhe atribuía uma aparência ainda mais doentia, apesar que suas cicatrizes já não eram não aparentes como antes. Seu olhar era malicioso no Vigilante e o sorriso de canto brincava em seus lábios pálidos.

— Se está se referindo a Jenkins, é um segredo que não me afeta em nada — Bruce não conseguia deixar de pensar sobre o que Britta teria visto naquele verme.

— Tem certeza?

— Pretende me expor como fez com ela?

— Você não parece preocupado... — o criminoso por vezes rolava os olhos e fazia caretas tamanha a dor, mas isso não o impedia de se divertir na interação com seu visitante.

— As pessoas que poderiam estar preocupadas com aquele segredo, estão todas mortas.

— Mas você está bem vivo, Bru...

— Vamos para o que interessa. Onde está Kelly?

— Ela... — Coringa se interrompeu e riu consigo mesmo em meio a um gemido baixo de dor. — Curioso...