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Simone...


O gosto do mel de Soraya ainda está nos meus lábios, um doce assim não tem como esquecer jamais nessa vida, assim como não há como esquecer daqueles olhos penetrantes e apaixonantes, sou louquinha de amor por eles e por ela.

_Esmeralda, já tá tudo pronto?_ pergunto.

_Sim senhora, como pediu_ ela sorri.

_A senhora é um anjo_ digo.

Agora sei que Soraya já está se arrumando, acordamos cedo mas não levantamos logo da cama, continuamos ali coladinhas uma na outra, vimos da janela do quarto o sol nascer.

_Vou buscar ela_ Esmeralda assente.

Saio da cozinha, passo pela sala e logo subo as escadas, hoje é o aniversário da sol, de vinte anos, pedi desde ontem para Esmeralda preparar um café da manhã bem caprichado.

Logo mais o presente que eu pedi para ela vai chegar, e espero que ela possa gostar, entro no quarto e vejo ela ali parada perto da janela, com sua peludinha no colo, ela parece pensativa.

_Sol, está pronta já?_ pergunto me aproximando.

_Sim, já sim_ sua voz soa mais grave.

Chego mais perto e com calma faço ela se virar pra mim por completo, seu rosto tá um pouco corado, e seus olhos ainda estão cheios d'águas.

_O que fez a minha preciosa chorar?_ ela dá um sorrisinho com um de meus apelidos com ela.

_Lembranças de casa_ é o que eu imaginava.

_Me conte mais dessas lembranças_ toco em seu ombro e faço um carinho.

_Acho que uma hora dessas ela já estaria fazendo um bolinho de macaxeira para cantar parabéns pra mim_ diz com um leve sorriso.

Continuo lhe ouvindo falar dessas lembranças de todos os seus aniversários, eu entendo a saudade que ela sinta de sua família, embora eles tenham feito essa maldade com ela, nos meus aniversários a saudade dos meus pais sempre bate mais forte, eu sei como ela se sente sobre a saudade.

_O que eu fiz?_ ela me pergunta.

_Você não fez nada sol, os únicos que fizeram foram eles_ carinho seu braço.

_Não, eu devo ter feito alguma coisa, porque..._ eu logo lhe corto.

_Por que é mais fácil procurar uma culpa para si para lhe dar com o que está lhe acontecendo?_ pergunto.

_Talvez assim eu entenda onde eu errei_ diz.

_Assim você só irá se machucar procurando justificativas para as escolhas do próximo_ digo.

Dessa vez ela não fala mais nada, apenas fica me encarando, procurando uma resposta para me dar novamente, mas como não acontece, ela apenas se aproxima mais e me abraça.

_Que bom que eu tenho você_ ela diz baixinho.

_Obra do destino_ sorrio.

Limpo suas novas lágrimas que ela derrama, depois que ela se recupera, a chamo para descer, ainda na escada eu coloco as mãos em seus olhos, e lhe guio para a cozinha.

Quando chegamos, ela fica admirada quando tiro minhas mãos e ela vê a mesa toda posta com muitas coisas gostosas, Esmeralda lhe dá um abraço e a parabeniza, logo nos sentamos.

_Tem tanta coisa_ diz sol com um sorriso.

_É tudo para você senhorita_ Esmeralda fala.

Nosso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora