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Simone...


_Ei pequenos, como estão aí? já querem conhecer o mundo aqui fora?_ pergunto próxima da barriga de Soraya.

_Quem sabe eles queiram surpreender_ ela diz para mim, sorrimos.

_Estamos só esperando por vocês, as mamães estão ansiosas_ digo.

Continuo fazendo meu carinho em seu barrigão, sol fecha seus olhos, aproveitando o momento entre nós, sorrio, mas em seguida sinto um nó na garganta, lembro de suas palavras, de que tem medo de não conseguir.

_Você vai conseguir_ digo baixinho.

_O que disse?_ vejo que ela abriu os olhos.

_Pensei alto, relaxe_ mas ela ainda fica me olhando.

_O que foi amor?_ pergunta.

_Nada de mais sol, meus pensamentos falaram alto_ lhe dou um sorriso.

Ela também não pergunta mais nada, melhor assim, essa conversa é triste demais para se ter, e não quero correr o risco de desabar em lágrimas aqui mesmo na sua frente, preciso ser forte por ela, e por eles.

Tenho medo de falhar, mas tenho de ser forte, ela precisará de mim, assim como nossos filhos também, sei que esse medo só irá passar assim que ela tiver nossos filhos, e ficar bem, e voltar para mim, aí sim o medo passará.

_Tô com fome_ diz ela um tempinho depois.

_O que quer comer?_ logo me levanto.

_Tapioca, com chocolate_ diz e sorri sapeca.

_Desejo nessa altura do campeonato?_ pergunto sorrindo.

_Sim, né filhos?_ sorri ela para mim.

Peço para ela me aguardar, vou até a cozinha e eu mesma preparo essa tapioca, depois faço o chocolate para jogar por cima, ela passou a gostar desde a primeira vez que eu fiz para ela.

_Cadê a dona sol?_ Esmeralda chega.

_No quarto, tô preparando um lanchinho pra ela_ digo.

_Desejo?_ pergunta, eu concordo.

_Como a senhora está?_ ela pega o seu avental.

_Bem dona Simone, agradeço por aqueles dias de descanso que a senhora me deu_ diz.

_O mínimo que posso fazer pela senhora Esmeralda, a senhora já fez muito por mim_ digo.

_E sempre estarei aqui lhe ajudando_ a mais velha vai até o armário.

Termino de preparar o lanche da sol, encho um copo com suco de laranja, ponho em uma bandeja menor, aviso Esmeralda que irei subir novamente, e assim faço.

As meninas me acompanham, subo as escadas e logo chego no quarto, vejo ela com a mão na barriga e com uma expressão diferente, como se sentisse algo.

_Sol, tá sentindo alguma coisa?_ pergunto preocupada.

_Um leve incômodo_ diz.

_Onde?_ me aproximo.

_Na costa, me ajuda aqui_ deixo a bandeja na cômoda.

_Quer uma massagem?_ ela assente.

Lhe ajudo a ficar mais no meio da cama, fico mais atrás, faço com a calma a massagem, ela solta alguns gemidos baixinho, isso me deixa preocupada, e se ela tiver sentindo as contrações?

Nosso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora