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Simone...


_Melhor você ir pra lá_ digo para Soraya.

_Por quê não me quer aqui?_ nem foi surpresa vê-la já com os olhos marejados.

_Não é que eu não queira você aqui, é o cheiro de tinta, pode te fazer mal_ eu falo com calma.

Após a gravidez da sol, eu tive que aprender muitas coisas, e também a ter muita paciência, o que antes era fácil eu chutar o balde e pronto, hoje tenho que respirar fundo e acalmar ou consolar a minha pequena oncinha.

Tudo lhe deixa comovida ou até estressada, se ela quer algo, faça, não enrole, ela mesma vai lá e faz, assim já ocorreu aqui, e olha que eu só demorei dois minutos, mas até aqui eu aprendi muita coisa e tô aprendendo, por causa dela.

_O cheiro é forte, faz mal amor_ me levanto.

Decidimos de pintar duas paredes cor rosa, e duas azuis, até então por enquanto, pois queremos nossos filhos no mesmo quarto, por ainda estarem recém nascidos, e quando estiverem maiorzinho, o quartinho deles já estará pronto para eles também.

_Vou te levar pra ficar com Esmeralda_ ela só apenas assente.

Olho para sua barriga, bem maiorzinha, Soraya agora tá na terceira semana do sétimo mês de gravidez, ontem mesmo fomos até o Rio fazer novos exames, nossos pacotinhos estão super bem.

Imagino como não deve estar meu pai e minha mãe lá em cima, acredito que felizes, estão vendo a filha deles feliz, e mais feliz ainda com a nova fase que chegou à vida dela, de ser mãe.

Até livros já tem aqui por casa para eu ler, sobre maternidade, pesquiso na internet também, para aprender mais ainda, sou mãe de primeira viagem, mas quero ser a melhor que eu puder.

_Poderia me levar ao riacho?_ pergunta, e eu paro ali mesmo no corredor.

_No riacho? agora?_ respondo com uma pergunta.

_Agora não, quando você terminar, tô com saudade de ir lá_ fala.

_Eu levo, tá bom? eu levo você_ beijo a ponta do seu nariz.

Passo a mão por sua cintura, acompanho ela até a cozinha, onde está Esmeralda preparando um bolo, segundo Soraya é para comemorar o aniversário de tete, que é hoje mesmo.

_A senhora cuide dela por mim? estou ocupada lá em cima com a pintura_ falo, como se a sol fosse uma criança.

_Dona sol está em boas mãos, pode ir lá_ deixo um beijo casto na testa dela.

Lhe faço sentar, para não ficar muito tempo em pé por conta das dores que sei que irá sentir em seus pés, chamo as duas meninas para ficar com ela também, e volto para o andar de cima.

Nesse domingo resolvo tirar o dia para ficar com ela e também para começar a arrumar o quartinho deles, as duas cômodas já estão montadas, falta os berços, e outras coisas mais também.

_Onde eu parei?_ ponho a mão na cintura.

Me abaixo, pego o pincel que eu usava antes e começo a passá-lo nos cantinhos, os quais eu estava passando antes, e com isso, sozinha ali, me distraio, fico de costa para a porta e nem percebo que alguém entra, só quando ouço a fala.

_Como você subiu aqui?_ pergunto já irritada.

Certeza que Soraya não gostará nada, nada mesmo de ver Luna aqui, eu nem sabia que a mesma estava pela casa da mãe de novo, e Esmeralda também não me disse nada.

Nosso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora