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Simone...


_Eu não demoro_ digo à sol.

_Tudo bem_ deixo em seus lábios um beijo casto.

Puxo novamente as cortinas brancas da janela do quarto e deixo em uma temperatura boa o ar condicionado, antes que eu saia lhe olho novamente, ela vira na cama e se encolhe, fecho a porta e caminho pelo corredor.

_Como ela está?_ Esmeralda aparece antes que eu desça.

_Bem enjoadinha ainda_ digo.

Vamos caminhando o resto do corredor e descemos as escadas juntas, converso com ela sobre o que a sol amanheceu sentindo.

_Não seria bom levá-la ao médico dona Simone? nunca vi a menina abatida assim_ ela diz.

_Pensei nisso também Esmeralda, mas só é um mal estar com essa mudança de clima_ digo.

_A senhora vai sair?_ pergunta.

_Sim, vou resolver algumas coisas do casamento_ aviso.

_Claro, irá chegar antes do almoço?_ olho no relógio.

_Com certeza, eu não pretendo demorar_ ela assente.

_Tudo bem. O que quer para o almoço?_ peço pra ela fazer algo mais simples hoje.

Procuro por minhas chaves, depois sigo para meu carro, e não demoro a dar partida, sinto falta rapidamente da sol ao meu lado, mas eu prometi que cuidaria das coisas do casório hoje, ela iria comigo, mas amanheceu assim.

_Que você melhore logo minha pequena, não gosto de ver você assim_ digo.

Quando pego a estrada olho de longe para minhas plantações, ainda bem que aquele problema não demorou a se resolver, agora está tudo bem novamente com a soja.

_Mamãe e papai estão lindos hoje_ digo olhando na direção do céu.

Fico imaginando eles aqui comigo na fazenda, vendo tudo o que eu construí durante esse tempo até agora aos meus vinte e oito anos, sei que estariam orgulhosos, disso eu sei, e seria bom ouvir isso deles.

_Quanta falta vocês me fazem_ falo.

O tempo na estrada passa rápido porque dirijo rápido, então logo chego na cidade, e o primeiro lugar que eu vou é no bordel da Janja, sei que seria importante para Soraya a presença da mulher que lhe ajudou e não a deixou na rua, mesmo que ela tivesse pedido para Soraya fazer aquilo naquela noite.

_Janja, bom dia_ digo ao entrar.

_Eita gente, olha quem apareceu por aqui_ sorri.

_Sentiu falta e veio matar a saudade?_ uma das meninas fala quando ali aparece.

_Falta daquela vidinha? tenha certeza que não querida_ ela deixa de sorrir.

_Sol sabe que você está aqui?_ outra pergunta.

_Curiosas vocês hein?_ Janja sorri.

_É que você nunca mais apareceu aqui, estranho até então sua visita_ balanço a cabeça.

_Tudo o que eu preciso tenho em casa agora. Janja, podemos conversar?_ ela assente.

As meninas ali presentes ficam curiosas, então vamos para fora do bordel, conversar próximas da árvore que tem em frente ao mesmo, sentamos em um banco.

_Então, o que te trás aqui?_ ela pergunta.

_Vim te dar um recado_ tiro meu chapéu.

_Recado? aconteceu algo com a sol?_ nego rapidamente.

Nosso DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora