Desde a noite do acidente de Jiang Bo, tudo tem sido como uma inundação que transborda; Não há como impedir a mudança dos acontecimentos, o que tornou ainda mais difícil prever o desastre que se seguiria.
Mesmo em sua própria mente, Qin Cheng achava muito difícil se controlar.
Na maioria das vezes, os alunos do sexo masculino foram menos cuidadosos do que as alunas do sexo feminino, mas é impossível ser tão descuidado a ponto de não perceber que a corda que salva vidas amarrada em seu corpo se rompeu. Não importa quanta obsessão ele tenha pela arqueologia e quão grande era seu desejo de descobrir o segredo da tumba, Qin Cheng ainda preza por sua vida, e ele não deve ignorar sua própria segurança.
Neste momento, ele estava completamente longe da Vila de Ninghua. Quando chegou à cidade de Xi'an, Qin Cheng percebeu o que estava errado em retrospectiva.
Claramente, antes de entrar na câmara do caixão, ele vinha se lembrando de ter cuidado extra com seu entorno. Sem falar nas possíveis armadilhas, mas mesmo aqueles fantasmas aterrorizantes, ele não podia se dar ao luxo de mexer. Mas depois de caminhar pelo longo corredor, ele não se lembrava de prestar atenção a quaisquer mudanças estranhas ao seu redor, em vez disso, ele estava completamente entregue a elas.
Parecia haver uma força empurrando-o para frente, limitando seus pensamentos, permitindo-lhe dedicar-se plenamente ao Mausoléu, fazendo-o avançar sem medo.
Havia muitas coisas que ele queria saber, e muitas coisas que ele não ousava tocar.
Assim como aqueles fantasmas malignos que tentaram tirar sua vida no túnel, ele sentiu que essa força sem nome, controlando sua mente, estava tentando impedi-lo de sair vivo e...
E aquele antigo imperador com uma expressão sorridente indiferente...
Quando ele pensou no momento em que testemunhou aquela alma abrindo lentamente os olhos, Qin Cheng não pôde evitar se sentir em pânico e confuso.
Naquele momento, e por um breve momento, ele quase erroneamente pensou que o homem tinha acordado apenas para ele...
"Whew-" Além do suspiro profundo de Qin Cheng, o único som no banheiro era a água caindo para baixo. A água quente lavou o frio de seu corpo, e a lama saiu do túmulo. O cansaço do dia foi se dissipando aos poucos.
No entanto, sua mente, que vinha preocupando nos últimos dois meses, não se acalmou nem um pouco.
Assim que secou o cabelo, Qin Cheng recebeu um telefonema de Zhang Jun.
"Quando terminar de se limpar, desça. Nos encontraremos na escultura de pedra no portão norte, depois vamos comer algo e tomar uma bebida na barraca. Amanhã é sábado e, como é nosso dia de folga, não nos veremos".
"Está bem." Qin Cheng então perguntou depois de pendurar a toalha: "Só nós dois?"
"Wu Hai e Tang-ge também virão. Apresse-se, eles já chegaram ao portão Norte."
"Sim, vou sair daqui a um minuto."
Depois de pendurar o telefone, ele pegou a chave do quarto pendurada atrás da porta, apagou as luzes e deixou o dormitório, agora escuro. Qin Cheng era o único que vivia no dormitório, porque seu colega de quarto havia se mudado.
Depois que a companheira de quarto se casou, no início do ano, ele foi morar com a esposa. Afinal, quase ninguém no terceiro ano de pós-graduação continuaria morando no campus. Falando nisso, Qin Cheng não tinha um colega de quarto há quase meio ano, e socializar também era bastante estranho para ele. Basta olhar para as interações dele, Wu Hai e Tang Jiaming, por exemplo; Por não estarem no mesmo grupo de trabalho ou mesmo na mesma turma, as palavras que disseram um ao outro há pouco tempo eram menos de dez frases. Em poucos dias, eles estavam agindo como velhos amigos, sempre entrando e saindo juntos.
