Feroz. - IV

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Anita com todo ódio do mundo, sobe na garupa da moto e Verônica acelera no último (claro que só pra provocar a delegada.)

— Verônica sua puta, quer matar a gente é?! — Fala a delegada gritando de medo.

— Tá com medinho, delegada? — Verônica acelera cada vez mais.

— Lógico que não! — Verônica continua acelerando.

— É melhor você segurar então na minha cintura antes que você voe pra trás. — Verônica ri e a delegada segura sua cintura com toda força que tem.

Assim que Verônica sentiu o toque da delegada em sua pele, acabou sentindo também um sentimento estranho, que nunca havia sentido nem com o marido, e ela achava que já havia sentido todos os sentimentos possíveis.

— Tá bom assim pra você ou tem que ser mais forte? — Anita aperta mais um pouco a cintura da escrivã.

— Saiba que se eu desmaiar por falta de ar a moto cai. — Verônica ri e logo a delegada tira toda a força que ela fazia nos braços e só segura a cintura da morena.

— Não que eu me importe em saber coisas suas escrivã..

Verônica interrompe a fala da delegada. — Ai que fofa! — Fala ironizando a fala da loira.

— Cala boca, enfim, a quantos anos você anda de moto?

— A uns 7 anos.

— E quantas vezes você já caiu?

— É mais fácil perguntar quantas eu não caí. — Verônica fala isso na pura ironia, para deixar a delegada nervosa.

Após ouvir isso, a loira finca suas unhas na barriga da escrivã, deixando com certezas furos, o que fazia Verônica sorrir.

Elas chegam na delegacia e abrem discretamente a porta, por mais que não tivesse ninguém no local, havia câmeras, então quanto menos pegar elas melhor.

Elas sobem e vão até a área de trabalho delas, Anita começa a checar pra ver se não havia nada de suspeito no local, como não encontra nada elas entram na sala do Carvana.

— Então doutora, por onde começamos? — Anita sente um friozinho na barriga após ouvir o "doutora" , pois ela gostava muito quando a Verônica a chamava assim.

— É.. — Anita raciocina um pouco depois desse frio na barriga. — Você já viu seu padrinho guardar algo importante em algum lugar da sala?

— Não, mas eu já vi ele guardando vários papéis que eu nunca pude nem tocar em uma pasta preta.

— Caralho, imagina o quanto de pastas pretas deve ter nessa merda de sala. — Anita começa a procurar e Verônica também.

Elas começam a procurar incansavelmente pela pasta, tendo ainda mais trabalho por conta de não poder deixar nada fora do lugar.

Anita faz uma pausa pra beber água e Verônica continua procurando. A escrivã vai até uma prateleira de livros e acaba encontrando no meio deles a pasta preta.

Ela pensou em chamar a Anita, mas ela achou melhor ler sozinha e depois mostrar para a colega.

Página 47.

O homem acusado de estuprar, tirar foto e embebedar mulheres, possivelmente tem ligação com o poderoso Matias Carneiro, responsável pelo Orfanato Cosme e Damião, onde nele sigilosamente treinam as crianças para serem da polícia ou da política. Caso a criança não tenha um desempenho bom, ela é vendida para algum comprador anônimo. Não se sabe ao certo quando esse esquema começou, mas tudo indica que Matias não está sozinho nessa.
O homem possivelmente tem ligação ao Matias por indicar quais drogas usar para desmaiar as mulheres.
Retomando ao caso do homem...

Equalize. - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora