Chuva. - VI

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Veronica e Anita entram no edifício sem serem percebidas pelo porteiro, que parece ser um cara gentil.

Anita olha de novo a localização que Carvana deu pra ela e vê que o número do apartamento é 253.

— 253? — Fala Verônica assustada. — A gente vai ter que procurar no prédio inteiro!

— Verônica é só a gente fazer uma conta lógica. — Anita bufa.

— Então faz mais sentido começarmos pelo quinto andar, já que o prédio tem oito andares.

— Se não for esse andar, eu te jogo dele.

Elas sobem, sobem e sobem degraus, parecia que nunca ia ter fim. 

Quando finalmente elas chegam no andar, Verônica olha o número de uma das portas e vê que elas pararam exatamente no andar onde os números eram 250.

Anita fica surpresa com a intuição (ou talvez inteligência) da Verônica.

— Tá vendo? Quem é a burra agora hein, doutora! — Verônica fala se aproximando de Anita.

— Você, continua sendo você. — Verônica ri ainda enquanto se aproxima da loira.

— Depois me agradece por adiantar metade do serviço. — Anita revira os olhos e ri.

— E você quer que eu te agradeça como? Dando um beijo em você? — A loira cruza os braços.

— Pode ser! Acho justo. — Verônica da um sorrisinho enquanto olha pra boca da loira.

— Quem sabe se você se mostrar alguém competente. — A loira ri e começa a procurar o apartamento.

Depois de olharem algumas portas, finalmente acham a 253.

Anita se posiciona de um lado e Verônica do outro esperando ouvir algum tipo de movimento pra ver se a barra estava limpa pra elas poderem entrar.

— No três.. — Verônica sussurra ajustando a arma em sua mão. — Um.. Dois.. — O alarme de incêndio começa a tocar.

O criminoso abre a porta e sai correndo com tudo pra fora do prédio, enquanto aquela água gelada que parecia chuva caía sobre Verônica e Anita.

As duas tentam ir atrás dele, mas era tarde de mais, o cara já havia sumido do andar, ou até do prédio.

— Merda! Entra na casa vamos ver se tem algo. — Anita pega o extintor e abre a porta com tudo.

Um pequeno fogo que se criava em um papel dentro de um lixo era a única coisa que havia de perigosa no local, não tinha um incêndio, apenas uma distração, e com certeza uma queima de provas.

Anita apaga rapidamente o fogo, vendo partes de identidades falsas, passaportes, documentos queimados, tudo que poderia ser útil para a investigação.

— Puta que pariu! — Anita da um grito, ela joga o extintor no chão, fazendo Verônica jurar que o prédio ia cair.

— Vem, vamo da um fora daqui. — Anita sai tão irritada do local que parecia que ia explodir feito uma panela de pressão.

A água ainda caía em cima delas, aquela água gelada faz com que rímel da delegada borre, e o lápis preto que a Verônica passa borre também.

Elas saem do prédio assim como todos que moravam lá.

Anita fica olhando pro prédio pensando em inúmeras formas de demolir ele apenas usando as mãos.

Já Verônica, pensa no quanto que Anita fica bonita quando está brava, ela a encarava profundamente como um leve sorrisinho, enquanto a delegada ainda olhava fixamente para o prédio.

Equalize. - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora