Elas chegam na casa da testemunha e começam a interrogá-la.Veronica admirava a postura que Anita tem quando elas trabalham, pois mostrava o quão profissional ela é.
— Então Marta, você gostaria de acrescentar mais alguma coisa na história?
— Sim. — Ela suspira enquanto Vero escreve tudo o que as duas falam. — Em toda nossa conversa dava pra perceber que ele era bem religioso.
— Ele citou algum santo? — Pergunta Verô.
— Citou, mas agora não me lembro qual.. — Diz a moça tentando lembrar.
— Por acaso Nossa senhora da cabeça?
— Era essa mesmo! — Diz a moça pegando um cigarro e acendendo ele.
Anita olha para o cigarro e engole seco, assim como Verônica tem vício em bebida, Anita estava lutando contra seu vício em fumar a poucos meses.
— Muito obrigada Marta, entraremos em contado. — Verônica arruma suas coisas e elas vão embora.
Elas retornam ao carro de Anita e a mesma começa a dirigir.
— Você tem problemas com cigarro né?
— As vezes me irrita o quanto você presta atenção nas coisas. — A escrivã da risada.
— Quando você começou a fumar?
— Que isso um interrogatório?! — Fala Anita meio impaciente.
— Responde.
Anita suspira. — Aos meus 14 anos. — A delegada diz concentrada no trânsito.
— Você já não tava no orfanato essa idade? — Diz Verônica meio confusa.
— Bom essa idade eu ficava mais na casa do Mathias do que no orfanato. — Anita da uma leve risada, não uma risada que parecia ser de relembrar os bons tempos, e sim de relembrar os maus.
— Você ficava na casa dele?! — Verônica fala num tom indignada.
— Só quando ele me queria, ou seja, sempre.
— Anita eu sinto muito! — Vero começa a refletir o quanto a delegada é forte e corajosa por ter enfrentado tudo isso.
— Não precisa sentir, Verônica. — Anita fala num tom frio.
Verô fica olhando a delegada dirigir, provavelmente tentando esquecer os problemas do passado e do presente.
A escrivã coloca a mão na coxa da Anita e faz um carinho, deixando a delegada sem palavras.
Anita não sabia como devolver esse carinho para a Verônica, por que ela foi criada para machucar, e não para amar.
— Te te admiro muito, sabia?
— Obrigada, Verônica. — Anita olha rapidamente pra escrivã e muda um pouco de humor. — Eu também te admiro, mas so as vezes. — Elas dão risada.
— Enfim, para onde iremos agora?
— Eu preciso passar em casa pra pegar um negócio, você se importa?
— Não! Contanto que você me ofereça um copo d'água, porque eu tô morrendo de sede. — Elas dão risada e o resto do caminho é um silêncio confortante.
Anita estaciona seu carro em sua garagem e as duas entram na casa da loira.
Verônica fica andando pela casa da delegada até ela chegar com uma caixa cheia. Ela coloca a caixa em cima da mesa e abre ela com cuidado.
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Equalize. - Veronita
FanfictionE se a história de bom dia, verônica fosse um pouco diferente? Verônica Torres, escrivã da delegacia de São Paulo é encaminhada para trabalhar em um caso com Anita Belinger, delegada da delegacia. Verônica acaba descobrindo de um outro jeito a máf...