Olhar. - VII

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As duas entram na sala da delegada e a loira senta em sua cadeira.

— Aproveita escrivã que você tá em pé e me trás um café por favor. — Verônica a olha e da risada.

— Tá achando que eu sou sua secretária é? — Ela cruza os braços.

"Não mas bem que podia ser só minha." Anita pensa e dá um sorrisinho.

— Pelo que eu sei, eu sou sua superior, então eu tenho direito de fazer o que quiser com você.

— E tem mais alguma coisa que você faria comigo sem ser me explorar vinte e quatro horas?

Anita da uma risadinha. — Claro que tem. — Ela da um sorrisinho malicioso.

Verônica sente suas pernas balançarem levemente, ela desiste de bater boca com a delegada e vai pegar o café dela.

— Toma, doutora. — Verônica deixa o café do lado da Anita, que da um sorrisinho e toma um gole. — Não vai me agradecer?

— E eu deveria? Você fez o mínimo. — Fala Anita arrumando sua mesa, pois a alguns  papéis espalhados.

— Como você é insuportável meu Deus. — Verônica ri. — Bom, vamos falar sobre o caso.

— Não, não e não! — Anita olha pra escrivã. — Eu tô morrendo de dor de cabeça, sem chance de conversarmos agora.

— Então falamos disso amanhã. — Fala Verônica pegando sua bolsa.

— Por que você não vai em casa hoje a noite para discutirmos melhor sobre? — Diz Anita cheia de intensão, ela não estava com nenhuma dor de cabeça, apenas queria que Verônica fosse pra sua casa.

— Pode ser! Que horas? — Fala escrivã meio ansiosa com a ideia.

— Às 20:30.

— Ok! Então vamos pra casa, faltam só 15 minutos pro expediente acabar mesmo.

As duas pegam suas coisas e vão embora para suas casas.

-x-

Verô chega em casa e cumprimenta os filhos, dando um beijo na testa de cada um, como de costume.

Ela entra em seu quarto e vai direto pra varanda, onde ela fica na maioria dos dias.

Ela gostava de ver o pôr do sol todos os dias, ficava pensando em várias coisas ao mesmo tempo, mas hoje, ela só conseguia pensar em Anita.

Verônica sempre teve uma queda pela Anita, mas havia algo que a impedia de ter qualquer chance de se relacionar com a loira, Paulo.

Eles se conheceram quando Verô tava na faculdade, e logo ele se apaixonou por ela, e ela apenas gostava dele, mas não sabia como dizer que não sentia com a mesma intensidade.

O tempo foi passando e esse pouco amor que a escrivã sentia passou-se por direto.

— Oi querida. — Paulo entra no quarto e da um beijo na bochecha da morena.

— Eu vou sair hoje meu bem, tudo bem?

— Tudo bem, as crianças vão pra minha mãe.

— Vão? — Verônica o olha meio confusa.

— Sim, eles estão com saudades dela. — Ele da um sorriso e vai pro banheiro.

Depois de algumas horas, Verô se arruma para ir a casa da delegada. Ela pega sua bolsa e vai, com pressa porque já estava atrasada.

Depois de demorar 10 minutos, Verônica chega na casa de Anita.

Ela nunca tinha ido lá, a casa era bem bonita e parecia ter sido recém construída.

Equalize. - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora