Não Me Veras Crescer.

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Tua mão, enrugada e sábia, traçou caminhos, Guiou- me pelas veredas da vida, sem espinhos. Nos teus abraços, encontrei refúgio e calor, Um porto seguro, onde o tempo perdeu o sabor.

Lembro-me dos contos que narravas à luz da lua, Histórias loucas, de amor e de luta crua. Tuas palavras, como fios de ouro, teciam sonhos, E eu, criança curiosa, bebia da fonte dos tristonhos.

Mas agora, minha avó, o relógio não espera, As estações mudam, e a vida se desespera. Não verás meus passos firmes na estrada da idade, Mas saibas que carrego teu amor como herança de verdade.

Em cada riso, em cada lágrima, em cada escolha, Sigo adiante, com tua sabedoria como farol. Minha avó, a eterna testemunha do meu ser, Mesmo ausente, és parte de mim, a cada amanhecer.

O Mundo Poético De Gustavo Lendon Onde histórias criam vida. Descubra agora