Não Chores Meu Cravo.

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Querido cravo, que abraça a memória,
Na névoa da demência, onde o tempo se esvai,
Tua avó, outrora clara como o dia,
Agora se perde em um labirinto de lembranças.

Seus olhos, outrora espelhos de amor e reconhecimento,
Agora refletem o enigma do esquecimento.
Mas teu abraço, meu caro cravo, transcende o esquecer,
É um elo que persiste, mesmo quando as palavras se desfazem.

Ela não sabe mais teu nome, mas sente tua ternura,
No calor de teus braços, na curva de teu sorriso.
E quando a tristeza te visita, lembra-te:
Ela te amou, te ama e te amará, além das fronteiras do esquecimento.
As vezes ela dizia "Não chores meu cravo, vovó te ama"

O Mundo Poético De Gustavo Lendon Onde histórias criam vida. Descubra agora