Autocrítica.

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Na câmara silente do meu ser,
O espelho cruel reflete a verdade:
As cicatrizes invisíveis, o peso a crescer,
E a voz interior que não poupa piedade.

Eu me desnudo, sem máscaras ou véus,
Encaro o meu reflexo com olhos cansados.
As falhas, como estrelas, brilham nos céus,
E a autocrítica, impiedosa, me tem cercado.

Fui arquiteto de sonhos, construtor de erros,
Cada tijolo mal colocado, cada escolha incerta.
Alicerces frágeis, desmoronando em desespero,
E a voz sussurra: "Não és suficiente, nunca serás."

O Mundo Poético De Gustavo Lendon Onde histórias criam vida. Descubra agora