Minha Bondade.

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Aproveitaram da minha bondade, como aves famintas
Que bicam os grãos de confiança que semeei.
Minha alma, um jardim de pétalas suaves,
Ofereceu-se ao mundo, ingênua e aberta.

Colheram minha generosidade, como frutos maduros,
E esqueceram-se das sementes que plantei.
Cada gesto de amor, como gotas de orvalho,
Secou sob o sol inclemente da ingratidão.

Minha bondade, um rio manso e sereno,
Foi desviada por mãos egoístas e ávidas.
As margens, outrora verdes e acolhedoras,
Agora exibem cicatrizes de ganância.

O Mundo Poético De Gustavo Lendon Onde histórias criam vida. Descubra agora