Elixir Rubro.

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O vinho, esse elixir rubro e antigo,
Nas taças, dança com a luz da vela,
E em suas curvas, segredos e abrigos,
Acalma a alma, como um verso que revela.

As uvas, colhidas sob o sol ardente,
Guardam em si o sabor da terra e do tempo,
E quando o cálice se ergue, docemente,
O mundo se aquieta, e o coração faz seu lamento.

O aroma, embriagante e profundo,
Desperta memórias adormecidas,
Como um rio que flui, suave e fecundo,
Levando consigo tristezas e feridas.

E assim, entre risos e suspiros,
O vinho nos envolve em sua teia,
Nos acalma, nos aquece, nos inspira,
E nos leva a lugares onde a alma anseia.

Que o vinho seja nosso confidente,
Nas noites solitárias e nos momentos de festa,
Que ele nos embale, suave e quente,
E nos faça esquecer, por um instante, a vida que nos resta.

O Mundo Poético De Gustavo Lendon Onde histórias criam vida. Descubra agora