Términos: O Adeus que se Escreve em Silêncio.

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Na penumbra dos corações, onde os fios se desatam,
Há um verso que se entrelaça, um adeus que se declama:
O término, como um compasso triste, nos conduz à margem,
Quando o amor, outrora pleno, se desfaz, sem alarde ou estratagema.

Por que, então, sentimos o eco dessa despedida profunda,
Quando as mãos, que outrora se entrelaçavam, se afastam do mundo?
Será que nos ensinaram que o amor é eterno, imutável,
E que o fim é uma traição, um lamento inaceitável?

Mas hoje, em meio ao silêncio e à melancolia,
Nossas almas se despedem, sem alarde, sem agonia.
Erguemos muralhas de lembranças, tijolo por tijolo,
Enquanto o coração sussurra: "Adeus, meu antigo solo."

É como se o tempo, implacável, nos conduzisse à encruzilhada,
Onde os sonhos se bifurcam, e a saudade se faz estrada.
Não é egoísmo, mas autenticidade, honrar o fim que se anuncia,
Pois só quem se despede pode, enfim, abrir as asas da liberdade.

O Mundo Poético De Gustavo Lendon Onde histórias criam vida. Descubra agora