All The Young Dudes, Perspectiva do Sirius

167: A Guerra: Inverno de 1979

Some may say 

I'm wishing my days away 

No wayAnd if it's the price 

I paySome say 

Tomorrow's another day 

You stay 

I may as well play...

Sexta-feira, 23 de novembro de 1979

No futuro, Sirius olharia para aquele casamento como um dos únicos pontos positivos no que logo se tornou um ano muito longo e sombrio. Quando ele se viu exausto, tão abatido

ele mal conseguia ficar de pé; quando ele ficava acordado à noite, a preocupação o consumia de dentro para fora; quando ele olhou para os rostos abatidos de seus amigos, e se viu esquecendo como a verdadeira felicidade parecia em suas feições - era quando ele pensava em Lily, radiante enquanto ela caminhava pelo corredor, e James olhando para ela como se ele não conseguia acreditar no que via. Sirius pensava em Mary, rindo e girando em seu vestido lilás.vestir; Marlene, rindo de algo que Yaz disse; Peter, com as bochechas rosadas e os olhos brilhantes enquanto erguia o champanhe para brindar. Ele pensava em Remus, com aquele sorriso suave e desprotegido,estendendo a mão para apertar o joelho debaixo da mesa.

Ele esqueceria quase tudo isso, é claro, nos anos seguintes. Aquela corrosão lenta, memórias enferrujando e desmoronando quando ele não era forte o suficiente para trancá-las. Ele esqueceria a cor das flores e o sabor do champanhe. Ele esqueceria o sabor do bolo e as músicas que eles dançaram e o som da risada de Marlene e se Yaz tinha ou não uma covinha na bochecha esquerda. Eventualmente, ele esqueceria tanto disso que

Às vezes, ele se pergunta se isso realmente aconteceu – se tudo não foi apenas um sonho cruel.Mas ele se lembraria da felicidade. Apesar de tudo, ele se agarrava a isso, até que isso o assombrasse como um fantasma.

* * *

O inverno surgiu ao redor deles, sugando qualquer calor remanescente do ar e tornando o mundo cinzento e frio. Sirius e James encontravam-se cada vez mais na linha de frente das missões da Ordem, enviados em ataques ou apanhados em escaramuças, até que o duelo começou a parecer tão automático como pilotar uma vassoura. Eles frequentemente trabalhavam com Emmeline, que conduzia suas missões com uma espécie de eficiência implacável e havia assumido o manto de Caradoc como residente quebradora de maldições, passando horas debruçadas sobre tomos sobre teoria mágica quando ela não estava nas missões. Estava muito longe da garota certinha e um tanto insípida que Sirius se lembrava de ter namorado em Hogwarts - mas então ele se lembrava da maldição que ela lançou sobre ele quando ele terminou com ela, e se perguntava se essa determinação fervorosa e um tanto vingativa sempre existiu, sempre esteve lá, e ele simplesmente nunca tinha notado isso antes.