183: O retorno

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Like the castle in its corner

In a medieval game

I foresee terrible trouble

And I stay here just the same

I'm a fool to do your dirty work

Oh yeah

I don't wanna do your dirty work

No more

















Sábado, 24 de junho de 1995

Ele esperou no canteiro de abóboras. Foi tudo o que Dumbledore permitiu - era muito arriscado assistir à Terceira Tarefa com o resto da multidão, mesmo sendo Almofadinhas. Mas Sirius insistiu que ele deveria estar em Hogwarts. Apenas no caso de...

No final, eles chegaram a um acordo: o canteiro de abóboras, espremido entre a orla da Floresta Proibida e a cabana de Hagrid. Seria bastante fácil para Sirius escapar para a floresta, caso ele precisasse. Mas com a audição do cachorro, ele poderia pelo menos ouvir os sons vindos do campo de quadribol distante - os aplausos da multidão quando a tarefa começou, que se transformou em um burburinho baixo de conversa quando os campeões foram enviados para o labirinto.

O crepúsculo se aprofundou; a noite caiu; o zumbido das vozes aumentava e diminuía nas arquibancadas.
Houve algumas poucas perturbações - vozes elevadas, exclamações de surpresa - mas nada que indicasse que algum dos campeões tivesse completado a tarefa. Padfoot esperou, deitado de bruços, apoiando o queixo nas patas.

Ele soube no momento em que algo deu errado. Houve aplausos, no começo - depois gritos, ondas deles, crescendo, quebrando e ondulando.
Ele podia ouvir passos e gritos; ele ficou parado, com as orelhas em pé, todos os músculos tensos para correr. Sirius teve que lutar para permanecer no lugar, para manter sua promessa a Dumbledore de que esperaria.

Harry - o que está acontecendo - é Harry -

Ele andava de um lado para o outro, rosnando, os olhos fixos no campo. As pessoas saíam das arquibancadas, deixando -o que estava acontecendo? Onde estava Harry??

Ele não tinha ideia de quanto tempo havia passado - pareciam horas; parecia uma eternidade - antes dele avistar uma figura se movendo em sua direção, as vestes esvoaçando enquanto ela corria pelo terreno. Sirius experimentou uma estranha sensação de déjà vu ao se ver olhando para a expressão contraída da Professora McGonagall.

"Ele tem um maldito cachorro agora, não é?" Ela murmurou para si mesma, olhando para Padfoot com cautela. Ele inclinou a cabeça e latiu uma vez.

"Venha então," McGonagall ordenou, parecendo um pouco perturbada, "Você deve me seguir até o Escritório de Dumbledore. Ele... diz que encontrará com você em breve."

Sirius tinha uma definição de "em breve" muito diferente de Dumbledore. Ele se sentiu meio louco quando o velho diretor finalmente apareceu, andando freneticamente pelo espaço bagunçado enquanto a fênix empoleirada ao lado da mesa do diretor o observava, com o que Sirius imaginou ser uma expressão distintamente arrogante.

Eventualmente - finalmente - a porta se abriu; Dumbledore entrou e seguindo atrás dele estava...

"Harry!"

Sirius poderia ter desmaiado de alívio. Ele correu para frente, agarrando-se ao menino, correndo as mãos sobre seus ombros, examinando-o em busca de ferimentos.

"Você está bem?! O que aconteceu?!"
Havia uma ferida aberta em uma de suas pernas - por que ele não foi levado a ala hospitalar?? Sirius o guiou até uma cadeira, pedindo-lhe que se sentasse. Harry o seguiu, em silêncio.
Ele tinha um olhar inexpressivo e morto nos olhos que Sirius reconheceu muito bem - desesperança.

All The Young Dudes, Perspectiva do SiriusOnde histórias criam vida. Descubra agora