All The Young Dudes, Perspectiva do Sirius

173: A guerra: Outono de 1981

When routine bites hard
And ambitions are low
And resentment rides high
But emotions won’t grow
And we’re changing our ways
Taking different roads
Then love
Love will tear us apart again
Love
Love will tear us apart again

Houve uma investigação, é claro.  Apesar de meses de incompetência no que diz respeito a lidar com ataques de Comensais da Morte, o Ministério ainda tinha que manter as aparências, para garantir que o mundo bruxo ainda pensasse que era bom para alguma coisa. 

A Ordem conduziu sua própria investigação sobre as mortes dos McKinnons, e ambas tiveram exatamente os mesmos resultados:

Nada.

Não havia uma única pista viável para acompanhar quem havia massacrado a família, ou por quê...
Nada além da marca escura deixada em sua casa.  As especulações correram soltas na próxima reunião da Ordem – por que os McKinnons foram o alvo?  Por que toda a família?  Foi porque Danny era um lobisomem?  Porque Marlene curou James Potter, quem Voldemort queria morto?  Foi simplesmente porque eram membros da Ordem?

Eles não foram os únicos especulando.

A celebridade persistente de Danny desde seu tempo com os Cannons foi suficiente para tornar os assassinatos notícia de primeira página.  O Profeta Diário colocou uma enorme foto dele na primeira página, de sua época como jogador pró-quadribol – vestes esvoaçantes, sorriso triunfante, rosto sem cicatrizes.

Havia uma foto menor de Marlene em seu uniforme de curandeira, com a legenda escrita incorretamente: Jovem curandeira promissora, Mylene McKinnon.  Não havia nada sobre Yasmin.

"Lembre-se, no terceiro ano," Sirius disse, após o término do funeral, "Todos nós pensamos que vocês dois
gostavam um do outro.

"Sim."  Remus respondeu, com uma voz monótona e morta.

“Ela batia melhor do que eu.”  Sirius engoliu em seco, sentindo-se muito entorpecido.  "Gostaria de ter contado a ela."

“Ela sabia,” Remus disse, com um brilho de humor nos olhos.  Sirius tentou sorrir com isso, mas descobriu que não conseguia.

Mary desapareceu por muito tempo, depois do funeral.  De todos eles, ela era a mais conectada ao mundo trouxa, e ela se retirou após a morte de sua melhor amiga.

Sirius tentou falar com ela algumas vezes, mas teve a clara impressão de que ela queria ficar sozinha;  que ela se ressentia de qualquer lembrança da Ordem, ou da magia, ou da guerra. 

Ele supôs que não poderia culpá-la.

* * *

Setembro os tomou em seus braços logo, saudando-os com as cores queimadas das folhas em mudança e o beijo cortante da brisa fria do outono.  Sirius se pegou pensando, como sempre fazia nessa época do ano, sobre Hogwarts. 

Ele se lembrou dos dias passados perambulando pelos corredores com seus amigos, passando bilhetes nas aulas, brincando na sala comunal da Grifinória.  Eles eram todos tão jovens, tão cheios de vida e esperança.  E agora, de repente, ele piscou, e quatro anos se passaram desde a última vez que pisou no Expresso de Hogwarts. Parecia cinquenta.

Já se foram os dias de proximidade fácil que todos compartilhavam na escola.

Agora, com o tempo arrastado por uma névoa de reuniões e missões e noites sem dormir muito, Sirius começou a se sentir como se tivesse sido lançado à deriva, flutuando lentamente cada vez mais para longe de todos que ele conhecia.