17 capítulo

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Flashback-Luanda 2001

Paula:

Eu não podia negar um prato de comida nem um copo de água nas condições em que me encontrava ainda mais com uma criança. O tropa que depois identificou-se como Lunga ofereceu um prato com pirão de milho,carne e feijão, deu-nos uma garrafa de água e disse que o chamasse assim que terminasse de comer.

___Muito obrigada,repus as energias __Disse satisfeita

Ele perguntou-me de onde vinha,contei-lhe a minha história...

___Somos irmãos,eu também faço parte do povo luvale, sai do moxico aos 15 anos e vi todas as guerras, meus pais os deixei na vizinha lunda sul mandei cartas,muitas cartas mas não obtive respostas,estou à espera do tal de acordo de paz para voltar nas terras que me viram nascer e ver minha família ___Disse com um tom melancólico

___Eu também espero um dia voltar a minha terra.__Pausa e continua:
___Agora tenho de ir embora,o sol já se pôs e eu preciso procurar um lugar seguro para dormir com a minha filha.

____Nenhum lugar é seguro em tempo de guerra,embora parece tudo mais calmo que antes nunca se sabe quando é que os inimigos voltam a atacar...

___São todos inimigos,os vossos Matam tanto quanto os deles. Na guerra ninguém é tão santo __Disse olhando para longe

___Xiii... não fala assim aqui.___Repreendeu

___Preciso aproveitar a pouca clareza do dia que restou para caminhar até algum lugar,mais uma vez muito obrigada pela refeição.

___Podes ficar aqui a dormir,amanhã cedinho depois vais embora.__Disse sorridente

___Nao te vou arranjar problemas com outros tropas?__Perguntei preocupada

___Não se preocupa,você vem da mesma terra que eu,somos irmãos se não for eu a ajudar quem o fará?

Amanhã cedinho assim que os galos cantarem eu vou embora __Disse segurando forte suas mãos

___Aqui na cidade os galos não cantam kkk é mais fácil acordares com buzinas de carros do que com o cântico dos galos __Disse sorridente

Enquanto falava levou-me para um quartinho que ficava numa área muito reservada de fortaleza, deve ser onde trocam as fardas-Pensei

___Aqui estarás segura até amanhecer,agora descansa eu vou voltar ao meu posto de trabalho.

___Muito obrigada,senhor Lunga.

[...]
Estendi um pano no chão e com o outro cubri Fayola,era quase impossível pregar os olhos tinha muito mosquito no lugar ,quando finalmente consegui fechar os olhos senti umas mãos ásperas tocarem meu rosto,abri os olhos assustada

___Se você gritar vou te matar ___Sussurou no meu ouvido

___Por favor não me faças mal ___Disse assustada

___Cala a boca,filha da puta! ___Disse me apertando a boca com muita força

Subiu o vestido que eu usava,retirou a peça íntima,abaixou suas calças

___Por favor,não faças isso ___Disse lacrimejando

___Eu já mandei calar a boca.. ___Disse mais alto

Entrou um outro tropa,o primeiro era o rude que me atendeu no portão quando aqui cheguei,o segundo que acabara de entrar começou a rir alto

___Também quero___Disse batendo nos ombros do companheiro

O tropa rude fez-lhe um sinal com a cabeça e ele ficou atrás de mim agarrando com muita força os meus braços enquanto,nisso o tropa finalizava seu ato cruel, enfiava seu órgão genital na minha intimidade com muita força,os movimentos se intensificavam cada vez mais até que senti seu corpo ainda fardado repousar sobre o meu

A Procura de MirandaOnde histórias criam vida. Descubra agora