21 capítulo

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Fayola:
Quando vi o telefonema do hospital,confesso que pensei no pior,meu coração ficou apertado e as minhas mãos trêmulas. Atendi de imediato e fiquei em silêncio mas foi um alívio quando a recepcionista disse que a minha avó acordou do coma , fui imediatamente para o hospital e quando a vi uma enorme felicidade invadiu todo meu ser.

Apesar de estar fraca e pálida ela sorriu assim que me viu mas ainda não conseguia falar.

[...]
Uma semana Depois

___nos últimos tempos a saúde da senhora Albertina,Melhorou bastante, ela está forte e pronta para ir para casa __Disse o médico

___Graças a Deus__Disse aliviada

___Nessa idade vocês precisam prestar mais atenção em tudo,alimentação,medicação,ajudar a caminhar pelo menos duas vezes por semana,evitar situações estressantes... __Disse o médico enquanto anotava alguma coisa em um papel

Depois de alguns minutos,o médico entregou-me um papel onde tinha anotado algumas recomendações 

___Estão liberadas,Dona Albertina sentiremos saudades da senhora kkk é até engraçado dizer isso a um paciente mas me acostumei a ir visitá-la todos os dias ___Disse o médico segurando as mãos da avó

___Obrigada por tudo,Doutor.

[...]

Havia se passado duas semanas desde que a minha avó receberá alta  medica,duas semanas também que chefe Antônio não aparecia e nem ligava e isso para mim era um alívio, os outros militares que faziam serviços de guardas na minha casa diziam que ele estava na capital.

Para o meu desgosto na mesma noite ele apareceu, disse que estava exausto e não queria ir nem para sua residência nem para a base no bailundo então dormiria em minha casa pela primeira vez.

___Estou exausto,faminto e precisando de um banho urgente. O restaurante onde fui hoje na entrada do Huambo a comida estava uma porcaria,prepare uma refeição para mim e o meu banho por favor __Disse se jogando no sofá

___Você vai ficar aqui? ___Disse surpresa

___Sim,não estou com cabeça para ir nem para casa nem para a base. No meu carro tem a minha mala de viagens, mande um dos homens pegar por favor

Apesar de um monte de perguntas girar em minha cabeça fiz o que ele me pediu, tirei os sapatos dele e massageie por alguns minutos seus pés, preparei o banho e enquanto ele banhava fui para cozinha preparar a comida. Uma hora depois estava tudo na mesa, minha família,ele, todos em volta da mesa conversando descontraídamente.

___Dona Albertina,deves estar a estranhar a minha presença essa hora em vossa casa não é comum vos fazer companhia nesse horário mas hoje ficarei à dormir aqui,estou exausto

___seja bem vindo__disse a avó

___Aproveitando o momento que estamos todos a mesa anuncio  que eu e a Fayola começamos uma relação...

__Como? __Gritou Essanju surpreso

Eu confesso-vos leitores que meu rosto ficou pálido e as minhas mãos congelaram...

___A Fayola é uma grande mulher,ela entende-me e respeita-me acima de tudo não tinha como não me encantar por ela,então Dona Albertina não tens nada a me dizer? __Disse enquanto segurava as minhas mãos

___A única coisa que eu te peço é que não faças sofrer a minha neta ela já tem cicatrizes demais,não a maltrates, não faças dela um objeto sexual como vocês os tropas costumam a fazer as mulheres mais novas, não batas nela e nem a obrigues a nada que ela não queira __Disse lentamente

___Eu vou tratá-la como uma tesouro.
[...]
Depois do jantar fomos para o quarto,ele deitou-se na cama e pediu que eu deita-se também apoiando a cabeça em seu peito. Pouco tempo depois adormeceu.

A Procura de MirandaOnde histórias criam vida. Descubra agora