- Fique atrás de mim, Rosa- Disse Miguel seco, movendo-se rapidamente para proteger a irmã.
Robby se lembrou do homem alto que ele vira do lado de fora do museu e da sensação de que alguém os estava observando. Com certeza, o sr. Barnes estava seguindo os amigos, bem escondido do sol por uma capa e um chapéu.
- O que você fez?- Perguntou Robby.- pegou uma carona na roda traseira de nosso táxi?
- Achei que fosse a maneira mais fácil de saber onde iam- Confirmou o sr. Barnes. Ele sorriu e o sorriso continuou a crescer até partir o rosto em dois, de orelha a orelha. Era algo horrível de se ver e, ao mesmo tempo, fascinante.
- Meu Deus!- Exclamou Freddy aterrorizado. Robby se deu conta de que aquela era a primeira vez que o professor encarava um vampiro de verdade.
O porteiro também estava olhando.
- Mas que...
O sr. Barnes estendeu as mãos, agarrou a cabeça do homem e a torceu. Eles ouviram um estalo nauseante e o homem caiu sem vida na grade de ferro. O sr. Barnes agachou para pegar as chaves no bolso do porteiro e fechou a porta da Palm House. Ele não estava com pressa.
O vampiro estava colocando as chaves no bolso quando Rosa correu até ele e acertou seu rosto com o espinho da rosa de sangue. Os olhos do mordomo se arregalaram de surpresa, porém ele conseguiu escapar: o espinho passou a milímetros dele. Com uma das mãos, ele agarrou rosa pelo pescoço e a atirou contra uma palmeira. Ela bateu a cabeça no canto de uma das floreiras e caiu no chão inconsciente.
- Rosa!- Gritou Miguel.
Ao ver que Miguel tinha se distraído, o Sr. Barnes se voltou para atacá-lo. Mas Robby, que já tinha participado de muitas brigas, reconheceu a linguagem corporal do mordomo. Quando o vampiro voou na direção de Miguel, Robby se atirou contra o amigo para tirá-lo do caminho.
O Sr. Barnes caiu sobre o espaço da grade de metal onde Miguel tinha estado um segundo antes. Imediatamente ele girou para encarar os meninos, sibilando de ódio. Ele ergueu as mãos e os dedos começaram a se transformar em garras afiadas.
Enquanto o vampiro se preparava para atacar, Robby viu Freddy correr até o corpo de Rosa e arrastá-la para longe do perigo. Ele não viu sinal da rosa de sangue, Robby fez o sr. Barnes girar até que Miguel e ele estivessem de costas para o lugar onde Rosa tinha caído, protegendo-a do vampiro.
O vampiro continuou encarando os garotos e, lentamente, se aproximou deles. Instintivamente, eles foram se afastando, enquanto Robby ia apalpanso o espaço atrás dele, em busca da floreira onde Rosa tinha batido a cabeça.
- Miguel Diaz- Rosnou ele.- O mestre exige que você morra lentamente, com muita dor e terror. Ele me deixou cuidar dos detalhes- O vampiro lançou um olhar faminto para Robby e lambeu os lábios.- Jovem, saudável, cheio de vida e vigor. Será um belo banquete que pretendo saborear até a última gota. Vou beber e beber até não sobrar nada.
Robby sentiu a barrica de madeira e imediatamente colocou a mão lá dentro, os dedos procurando a rosa de sangue.
Miguel percebeu o que o amigo estava tentando fazer e tentou ganhar mais algum tempo.
- E minha irmã?- Gritou ele.- E o professor? O que fará com eles?
- Transformarei o velho em vampiro- Disse o sr. Barnes pensativamente.- O sangue dele já deve estar passado, mas há conhecimentos no cérebro dele que o mestre pode aproveitar. E a garota, outra inimiga do mestre...- Ele devaneou e riu.- Sim. Já sei. Vou transformá-la também e ela, Salazar, vai acabar com você. Sua última lembrança será sua irmã fazendo sua primeira refeição como vampira. Essa justiça fará o mestre muito feliz- O sr. Barnes sorriu novamente como se tivesse chegado a uma conclusão inteligente.- E agora, garoto Salazar, é hora de ver seu amigo morrer.