Capítulo 24

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Lá fora já era dia claro, mas as cortinas pesadas deixavam a casa do professor na escuridão. Os roncos dele ecoavam pelo corredor.

Rosa saiu silenciosamente do quarto e desceu as escadas ao encontro de Miguel e Robby. Os três entraram na cozinha e encheram um pequeno frasco de metal com a preciosa poção da rosa de sangue. Rosa a colocou na bolsa com cuidado, junto com o pergaminho que tinha o encantamento, essencial para o ritual. Então, voltou-se para os meninos.

- Vocês têm certeza de que não devemos avisar ao professor onde estamos indo?

- Ele saberá para onde fomos, Rosa- Garantiu Miguel.- É melhor que saiamos assim. Ele nunca nos deixaria ir sem ele e não podemos permitir que encare uma horda de vampiros. Ele não sobreviveria...

- Só Deus sabe se nós vamos sobreviver- Disse Robby.- E somos muito mais jovens e saudáveis que o professor.

Rosa suspirou: Ela tinha que concordar com os garotos. E, assim, Miguel abriu a porta da frente e os três amigos saíram para encarar o novo dia... E o Deus vampiro, Camazotz.

Uma hora mais tarde, os três estavam de volta a Mayfair.

O plano estava definido. O pergaminho dizia que o ritual tinha que ser realizado num dos locais de poder de Camazotz. Eles sabiam que ele passava dias no porão da casa de Terry. E já tinham visto o que havia lá embaixo: o caixão onde dormia, o altar, as velas, e efígie e até os cadáveres das vítimas dos sacrifícios. Se o porão não era seu local de poder, então nenhum lugar seria. E eles sabiam como entrar lá.

Então, Robby levou Miguel e Rosa pela entrada dos fundos. Não foi difícil encontrar as estrebarias que ficavam nos fundos da casa de Terry. As partes de trás das casas se erguiam sombrias, mas as estrebaria em sim estava ensolarada e clara. Robby se sentiu seguro. Ele tinha ficado atento à presença de estranhos enrolados em capas escuras e não vira nenhum.

- Finalmente, chegaram à última parte do corredor que ficava entre a casa xe Terry e a do vizinho. Eles tinham atravessado correndo aquela pasagem sombria há duas noites. O sol mal chegava até ali por causa das paredes altas, o que deixava o local muito pouco convidado.

- Não tem ninguém aqui- Disse Robby.

Todos podiam ver que não havia ninguém na passagem. As paredes eram lisas, nem mesmo um morcego poderia se esconder nelas. Mesmo assim...

Miguel engoliu em seco.

- Vamos lá, então- Ele retesou as costas e caminhou pelo corredor. Rosa e Robby o seguiram.

Depois que passaram pelo muro do quintal, a sombra da casa alta os cobriu completamente. Miguel manteve os olhos no chão.

- O cano de carvão era por aqui- Disse ele.- Ah!

Miguel tinha encontrado o ponto por infe tinham subido para escapar dos vampiros, mas a portinhola não estava mais ali. Tinha sido coberta com tijolos. Os tijolos eram novinhos, destoavam do muro cinza e sujo.

Miguel olhou para o lugar onde tinha estado a portinhola.

- Droga!- Sussurrou ele.

Rosa tirou a bolsa do ombro e a abriu.

- Acharia melhor se não precisássemos disso- Disse ela.

Os garotos esticaram os pescoços para olhar para dentro. Havia o frasco de poção e o pergaminho. E, abaixo deles, estava o ramo da rosa de sangue, sem as folhas que tinham usado na poção.

- Você trouxe a rosa de sangue!- Exclamou Robby.

Rosa colocou a bolsa no chão e se ajoelhou ao lado dela. Então, pegou o ramo, evitando os espinhos e partiu em três partes.

Despertar dos vampiros (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora