XXXII ° A muito tempo.

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NÃO FALTA MUITO para chegar em casa. Talvez fosse isso que fazia seu coração acelerar, suas mãos soares e aquele tique de tremedeira. Era irritante, mas Akemi se via presa, sem conseguir escapar.

A tranquilidade ─── aquela paz adquirira com a excursão, mesmo com a tentativa de golpe de estado ─── havia se esvaído com o vento que toca sua pele. E uma parte dela, aquela que ela se negava a reconhecer, desejava ter ficado lá. Mas as coisas nem sempre acontecem como ela quer. Então, respira mais uma vez numa tentativa inútil de se acalmar, quando nem ela entende o nervosismo.

Ela assiste aos amigos espalhados pelo convés, escondida nas sombras naquele lugar onde sempre esteve. Há risadas, gritos e muitas conversas das quais ela se abstêm de participar, não porque não gosta ─── apesar de odiar barulhos altos, de alguma forma, quando está com aquele grupo específico, parece se tornar minimamente aceitável ───, mas porque sabe que não conseguiria disfarçar, e não sabe se conseguiria responder perguntas naquele momento sem falar demais.

Assim, ela assiste e vê o tempo passar rápido demais. Quando percebe, a lua já está no céu acima dela e ouve vozes lhe chamando em algum lugar. Akemi sabe que deveria levantar e ir ao encontro deles, porque ela não suportar a ideia de preocupá-los ou causar dor, mas mesmo assim, não consegue encontrar forças para se mover. Ago latente a paralisa ali ─── ou talvez seja porque ela é uma covarde ─── prendendo-a entre o chão gelado e céu estrelado.

Akemi nunca se preocupou em aprender os nomes das estrelas ou suas posições, e ela quase arrepender disso, enquanto uma curiosidade começa a surgir, sendo uma distração bem-vinda para aquele momento.

Ela está quase chegando no país do fogo. E em sua casa, a Aldeia da Folha. A onde ela sabe ─── e tem uma certeza absoluta ─── que sua mãe estará lhe esperando. Porque é assim que a Sakura é, colocando suas amadas filhas em primeiro lugar. Akemi acha que é um defeito da rosada, mesmo que algo em si talvez goste, ela ainda odeia.

Ela pisca e já é dia de novo. O barulho chega aos seus ouvidos novamente, as risadas, brincadeiras e gritos, mas desta vez ela não assiste. Está ocupada demais acompanhando o lento movimento. Há algo em seu peito que não a sufoca, mas torna difícil respirar. O movimento do seu peito não é liso e uniforme, mais uma tremedeira de um ritmo descompassado.

Ela olha para as nuvens.

Akemi não quer voltar para a Aldeia da Folha.

Não quer encarar o problema.

Apenas ficar ali parada, como uma estátua sem vida que parece ser.

Voltar para aquele tempo distante em que estava sozinha.

Então, ela se lembra de como é confortável deitar a cabeça no colo de alguém. Não é só sobre dormir, mas há um conforto e segurança que afugentam todos os seus pesadelos. Se lembra do quão confortável é o abraço da rosada. Uma sensação que ela se vê desejando mais e mais, querendo se afogar naquela sensação que aquece sua pele e acalma seus pensamentos.

Irmã gêmea da Sarada | Boruto: Naruto Next Generations.Onde histórias criam vida. Descubra agora