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─── COMO O INOJIN FOI na aula? ─── perguntou Ino, o olhar preocupado e atento.
─── Ele parecia entediado. ─── respondeu Sai, a expressão neutra que sempre o acompanhava.
─── Ele me pediu para ensinar o Jutsu Transferência de Mente para ele hoje de manhã. Antes de ele desistir de vez, por que não dá uns conselhos a ele? Se ele perder o interesse completamente, seria como trocar os meios pelo fim, não? ─── insistiu Ino, a preocupação evidente em sua voz.
─── Realmente acho que isso é algo que ele deve descobrir sozinho, ou será em vão. ─── disse Sai, com um tom de certeza calmo.
Ino hesitou, sua mente girando com a tensão e o desejo de ajudar o filho de qualquer maneira possível.
─── Ele e Akemi brigaram.
Sai se virou surpreso para a esposa.
─── Brigaram?
─── Eu sei que parece impossível, mas acho que toda essa situação está o deixando estressado.
Ele suspirou.
─── Vai dar tudo certo. ─── interrompeu Sai, não mais com aquela confiança, mas ainda firme. ─── Ele é o nosso filho. Para mim, a arte liga as pessoas ─── Sai diz olhando para o primeiro desenho deles do filho. ─── Por isso que eu amo desenhar.
Os olhos de Ino suavizaram, refletindo um brilho de ternura.
─── E você falou isso para o Inojin?
─── Não. Não é necessário ser direto assim, é?
(...)
─── Eu ainda estou dormindo? ─── perguntou Akemi, o caderno de desenho esquecido em seu colo.
Iwabe bufou uma risada ao seu lado.
─── O quê? Você está dormindo tanto que agora nem reconhece o que é real ou não?
─── Então o que a irmã fofinha do Boruto tá fazendo na nossa sala?
─── Ela é a professora do dia ─── respondeu Denki, quase se encolhendo em sua cadeira quando os olhos da Uchiha estavam sobre ele.
Ele não tinha mais medo da Akemi, mas ainda podia se sentir assustando quando o clima tenso flutuava pelo ar. Seu olhar deslocou até o Yamanka, ignorando a discussão que Iwabe, Akemi e Boruto ─── que havia se metido no meio de intrometido. Ele quase sentiu dó da Himawari, porque o olhar de Inojin era quase tão afiado quando normalmente era do Akemi, como se tivesse preste a desvendar todos os mistérios. Não, como se ele precisasse desvendar.
