Nem perto disso...

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05/03/1995 - Domingo.

05h11m

- Jully

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Quando vi aquela cena não acreditei, ele ta louco? 

- Jullyeta amor, não é oque você ta pensando!! - Michael diz assustado.

Ele sai de cima dela e veste suas calças, me sinto enojada.

- Ah que bom que não é oque to pensando, ta de boa então. - Respondo rindo.

Ambos me olham confusos.

- É tudo um mal entendido. - O ruivo fala se aproximando de mim.

Dou um chute no saco do rapaz, no momento só sei sentir raiva.

- Você é um filho da puta! Primeiro me transforma numa viciada em bebidas e drogas e agora transa com a pior pessoa que existe! - Digo e dou outro chute. 

O homem cai no chão agonizando de dor em meus pés. 

- Sempre foi esse seu lugar, em baixo de mim. - Olho para ele com desprezo - Que horror pensar que já te beijei.

Cuspo na cara do homem e saio, por sorte não derramei o xá.

Aquilo não me chateou, só via ele como um passa-tempo bonito e forte, como já disse, nunca o amei.

Chegando no quarto tranco a porta e vejo Bento sentado na cama, o garoto estava sem camiseta.

- Cade sua blusa? - Pergunto me sentando ao seu lado.

- Ta muito calor. - Ele reclama. 

Ligo o ar condicionado e entrego o xá para ele.

O garoto bebe tudo, enquanto isso tomo banho e me visto no banheiro.

Saio do banheiro e vejo Alberto deitado em minha cama.

- Eii vai pro seu quarto. - Sussurro enquanto cutuco o mesmo.

- Me deixa. - Ele diz e me puxa para cama.

Suas mãos passam por meus ombros, ele me abraça da mesma forma que fazia quando estávamos juntos. Tento me soltar mas é em vão.

Sinto o calor do corpo do garoto, abraço-o de volta e acabo adormecendo...

Adormeço sentindo o cafuné de Alberto, seus braços me apertarem me proporcionando proteção, não vou mentir, senti falta disso...

14h23m

Ainda estava dormindo quando sinto alguém me cutucar, tento ignorar mas é inútil. 

- Que foi?! - Pergunto irritada.

- Você dorme muito cruzes. - O japonês reclama.

- E o pro? - Pergunto ainda de olhos fechados.

- Pro? - O garoto fica confuso.

- Problema meu, me deixa. - Digo me aconchegando ainda mais, afundo meu rosto em seu peito e o abraço mais forte.

Fico assim por um tempo até me tocar que quem estava ali era Alberto Hinoto.

Levanto num pulo, o garoto me olha confuso.

- Oxi, não ia dormir mais? - Ele pergunta.

- Não, com você não... - Fico sem graça - Ta fazendo oque aqui?

- Ala virou gagá agora? não lembra de nada? - Ele pergunta rindo. 

- Ainda não gosto de você, então não vem com gracinha não. - Digo irritada.

Eu amo esse japonês - Bento HinotoOnde histórias criam vida. Descubra agora