Iriamos selar nosso beijo...

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11/01/1987 - Domingo.

15h35.

- Jullyeta.

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Quando olho para onde Samuca havia apontado vejo o capeta em pessoa, pelo menos era parecido.

Loira dos olhos claros, alta, branca, com um lindo corpo e muito dinheiro, essa é Mônica. 

Mônica é a uma das garotas que me zoavam quando era mais nova, ultimamente ela tem perseguido os meninos e se pagando de "melhor amiguinha" deles, isso realmente me irrita.

- Oii meninos, que saudadee - A loira grita.

Um grande sorriso estava no rosto da menina que logo se dês fez assim que me viu.

- Jullyeta? quando voltou? - Mônica me pergunta com um semblante de desagrado.

- Isso te importa dês de quando? - Pergunto de forma grossa, não faço questão nenhuma de pagar de simpática com ela.

- Como assim amiga? isso sempre me importou - Mônica responde rindo.

Olho pros meninos que estavam com cara de paisagem, como se não estivessem confortáveis perto da garota. 

- Você veio só pra encher o saco ou quer algo? - Alberto pergunta sério.

Me viro para Bento com um sorriso de canto e o menino faz o mesmo.

- Eu vim convida-los para comer um lanche, bora? - A loira diz enquanto balança o cartão.

- Sei não - Dinho fala me olhando.

Meu irmão e nenhum dos meninos nunca gostaram da presença dela, Mônica é como um parasita.

- Eu pago, boraa por favor - Ela implora afinando extremamente a voz.

Nesse momentos os meninos começam a rir e eu faço o mesmo.

- Ah bora, de graça até injeção na testa né - Sérgio responde descendo do brinquedo e indo em direção a garota.

- Vamo gente, to com fome - O mesmo reclama.

- Ah vamo então. - Digo me levantando do balanço.

O restante dos garotos me olham assustados, provavelmente esperando que eu não iria.

- Ta doente? - Dinho pergunta saindo do brinquedo e indo em direção a mim.

- Deve ser doença do carrapato - Júlio afirma.

- Cala boca bolinha, isso ai dá só em velho - Samuel retruca dando um tapa na nuca de Júlio.

- Calem a boca os dois, isso é doença de animal - Bento diz depositando um tapa na nuca de cada um. 

Solto uma risada da situação, até ver Mônica pegando na mão de Sérgio e abraçando seu braço enquanto andavam juntos.

- Gente.... - Digo sem desviar o olhar.

Logo os garotos entendem oque eu vi, menos o lesado do meu irmão é obvio.

- Que? oque vocês estão olhando? por que todo mundo ta quieto? - Ele pergunta confuso.

- Mas tinha que ser esse lerdo mesmo, olha ali cabeçudo. - Samuel diz apontando para Sérgio e Mônica.

- Oque tem? - Dinho ainda confuso não entende, até olhar para mim e ver meus olhos se enchendo de água. - Aah, eita porra

Todos ficam quietos me olhando enquanto andam, provavelmente não sabiam oque dizer sobre a situação. 

- Oque ta rolando entre eles? - Pergunto.

Eu amo esse japonês - Bento HinotoOnde histórias criam vida. Descubra agora