Ainda não te superei...

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23/12/1987 - Quarta-feira.

23h01m

- Bento.

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É meu primeiro natal longe de Jullyeta, nem imagino como ela deve estar se sentindo...

Todos os dias passo nas bancas e vejo revistas onde ela é primeira capa ou que apenas está lá, sempre compro e as guardo.

Eu não me sinto bem dês daquele dia, mas ela deveria entender meu lado.

Eu sempre fiz de tudo por ela, à esperei por anos e mesmo assim ela decide ir para quilômetros de distância sem nem me perguntar oque acho, sem nem me chamar...

Eu não sou o egoísta da história e sim ela, ela que foi embora.... Vivo falando isso pra mim mesmo, sei muito bem que é mentira.

Agora é tarde de mais pra voltar atrás, não sou homem disso.

Eu e Ana estamos ficando, não me sinto muito bem com isso pois sei muito bem oque Jully acharia, mas quem se importa? a gente nem ta mais junto mesmo....

Penso em ligar para ela várias vezes, mas acabo desistindo, não vale apena colocar meu ego em jogo.... ou vale?

É quase natal, estou me arrumando para encontrar os mulekes, nossas famílias se juntariam na casa de Júlio.

Termino e quando chego lá já é natal, abraço todos e desejo "feliz natal".

Os meninos ligam para Jully assim que a dona Célia desliga o celular.

- Feliz Natal Jullyetaa!! - Eles gritam no telefone.

- Obrigada meninos, feliz natal para vocês também!! - A garota grita de volta.

Eles ficam conversando por um bom tempo, as vezes só falando merda mas sem desligar.

- Foda-se. -Digo a mim mesmo me levantando e indo até Dinho que segurava o celular.

Pego o objeto de sua mão e falo:

- Oi Jullyeta, feliz natal! 

- Ah Alberto? - Ela parecia confusa - Pra você também.

- Ué não ta com a Ana? - A garota pergunta.

- Não começa, eu e ela só estamos ficando. - Falo de modo simples.

Escuto ela dar uma risada.

- Tanto faz, pode devolver o celular pros meninos? estou morrendo de saudade dos meus meninos. - A mesma diz.

- E eu? - Pergunto.

- Você deixou de ser meu por escolha própria... - Ela fala de maneira grosseira e fria.

Sinto uma dor invadir meu peito, uma vontade imensa de chorar toma controle de mim...

Devolvo o telefone a Dinho e vou até o banheiro.

- Você não à ama Alberto Hinoto, para de graça! - Digo a mim mesmo me olhando no espelho.

- Escolha própria? você que me afastou sua troxa. - Falo novamente sozinho.

Fico lá por um tempo, até finalmente me acalmar.

Bebo algumas doses e acabo caindo bêbado no sofá.

- Ala bêbado de novo. - Dinho fala rindo.

- É um pinguço viu. - Samuel diz entrando na onda.

- Culpa daquela bruxa, ela foi embora e me deixo..... agora não tenho mais a minha bruxa. - Digo meio enrolado, nem eu entendi direito.

Os meninos ficam me zoando e tirando várias fotos, certamente para mandar para Jully....

Como vou viver sem minha pitchulinha??

03/01/1988 - Domingo.

10h20m

Estava deitado na cama, Ana fuçando no guarda-roupa procurando algo para usar.

Devolvi tudo que Jully tinha deixado em casa, agora eram as coisas de Ana que ficavam lá.

Já fazem 2 semanas que eu e Ana estamos namorando, os meninos ficaram meio incomodados mas me apoiam muito. 

- Eu não tenho nada oque usar. - Ana reclama se jogando na cama.

Na mesma hora tenho um flashbak com Jully...

Me levanto e vou em direção ao guarda-roupa fuço um pouco e acho a roupa que Jully tinha usado no dia da chuva...

Pego rapidamente a roupa, na mesma hora Ana me olha.

- Oque é isso? eu gostei!! - Ela diz pegando de minha mão.

- Não, esse não é meu... é da Jullyeta... - Digo sem jeito.

Na mesma hora a garota me devolve irritada.

- Dê pro Alecsander se livrar disso... - Ela diz e sai.

Arrumo as roupas num canto, começo a me lembrar dos momentos bons e ruins, ainda não te superei Jullyeta? 

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Oioii, tudo bom? eu to bem.

Hoje não tenho muito oque dizer apenas agradecer a todos que estão lendo, votando e comentando, vocês ajudam muitooooo.

Obrigada de coração...

Espero que estejam gostando e se cuidando, Belli ama vocês beijuus <3


Eu amo esse japonês - Bento HinotoOnde histórias criam vida. Descubra agora