my gym crush (lésbico)

17

Alane

eu encaro o rosto de Caitlyn, completamente surpresa, não esperava isso.
sentir seus lábios nos meus, foi a melhor sensação que tive, o frio na barriga, um choque percorrendo meu corpo de cima a baixo, as borboletas em meu estômago, meu coração e minha respiração acelerados.
eu gostei, mas não sei se posso dizer isso em voz alta.

ela me encara como quem tenta ler meus pensamentos, me encara confusa, e parece pensar em muitas coisas no momento.

e esses foram os segundos mais lentos da minha vida, e os melhores que já tive, até hoje.

— Alane... — ela diz me encarando enquanto tenta entender minha expressão — me desculpe.

te desculpar?
mas por que?
eu gostei.

— Cait... — talvez eu me arrependa disso.

eu me pus nas pontas dos pés e seguro seu rosto, faço um carinho e sorri, logo puxando novamente seus lábios para os meus, na velocidade da luz. um selinho longo logo se transforma em um beijo lento.
as mãos de Cait descem das minhas bochechas para minha cintura, deixando apertos suaves, me causando calafrios pelo corpo.

quando nos separamos, eu encaro seu rosto sem jeito, então encosto minha cabeça conta seu peito, de olhos fechados. ouço o suspiro de Cait, ela parece nervosa.

levanto meu rosto para encarar a morena, ela literalmente acabou de dizer que sou a pessoa perfeita pra ela, estou em choque ainda, e com um sorriso bobo gigante estampado em meu rosto.
não falamos uma palavra, apenas rimos timidamente.

— vamos, antes que alguém de falta da gente e venha nos procurar — eu disse a puxei para o elevador.

descemos para o andar do salão, quando a pista do elevador se abre, temos a imagem da mãe de Cait e seu irmão.
deviam estar indo procurar a morena, ainda bem que não foram antes.

— aí meu Deus, Caitlyn — sua mãe diz — vamos embora, está tarde e Micah está reclamando de sono!

sua mãe diz enquanto encara fixamente nossas mãos entrelaçadas, e nossos corpos colados, fico sem jeito, e acabo soltando de sua mão.

— ok, eu levo vocês — Cait diz — depois volto

ela diz e alcança a chave de seu carro no bolso de sua calça social preta, me encara e sorri.

— quer ir junto com a gente? — ela pergunta e ouço sua mãe sussurrar algo.

— não, tudo bem — eu disse — eu te espero aqui

queria imediatamente contar aos gêmeos o que havia acontecido, e não queria intriga com sua mãe.
ela me dá um beijo na testa e os três entram para o elevador.

eu procuro os gêmeos, que ao verem meu sorriso abrem um instantâneamente, já devem ter adivinhado.

— conta tudo! — Dan diz me puxando para me sentar cadeira.

— você nem sabe do que eu vou falar — falo tentando manter suspense, e falho miseravelmente.

— conta logo! — Liz diz ansiosa.

— a gente se beijou — eu digo e os dois comemoram.

eu conto tudo para eles, desde quando ela me puxou para o terraço, até quando ela saiu levar sua mãe embora.