*NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS.*
"Ela parece um anjo, seu rosto é doce e delicado, mas não se engane: Ela é o diabo disfarçado."
Liz e Jungkook têm todos os motivos para se detestarem desde que uma tragédia acometeu a vida de suas família...
Nota da autora: Oi, meninas... Desculpem pela falta de capítulo na semana passada. Não estava, na real ainda não estou muito bem. Só quem convive com a depressão e com o transtorno de ansiedade sabe o que é viver a vida em uma montanha-russa emocional. Me desculpem por não estar tão presente aqui quanto eu quero. Espero que vocês gostem do capítulo de hoje. Se puderem, comentem e me deem força para continuar a escrever. Beijos, Juliana.
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Yuna
Depois do meu primeiro encontro com o Leon, eu fiquei sem saber o que pensar direito. O ruivo foi tão carinhoso comigo, me mostrou um lado tão diferente daquele que eu já conhecia que foi impossível resistir, na verdade eu queria muito aquele contato. Eu fantasiei aquele encontro à semana inteira e quando ele encarou os meus lábios e disse que queria me beijar, eu só me aproximei e deixei, porque eu também queria aquilo muito mais do que poderia admitir. Eu não me arrependo de ter cedido, os beijos do Leon eram os melhores que eu já havia provado e eu aproveitei cada um deles. As horas que eu passei com ele naquela fábrica abandonada foram maravilhosas e nós nem parecíamos os inimigos que sempre fomos.
Confesso que o jeito doce dele comigo me balançou muito e eu me vi perdida na intensidade dos seus olhos extremamente azuis. Tudo nele era tão lindo que me fez perguntar como eu nunca havia notado aquilo antes. Eu estava vivendo a época mais inacreditável da minha vida e eu não me lembro de ter vivido outra coisa melhor. Leon era irritante, implicante, mas me fazia rir como ninguém e depois que resolvemos deixar nossas diferenças de lado por conta da aposta, as coisas simplesmente fluíram para onde eu não estava esperando. Ou será que eu esperava? Eu não sei responder. Eu só sabia que o que eu estava sentindo por aquele garoto era algo totalmente inédito para mim. Depois do nosso primeiro encontro, nós não deixamos de nos falar um único dia, trocávamos mensagens sem parar. Nos falamos pelo telefone algumas vezes, mas eu ainda ficava um pouco acanhada e ele também parecia ficar. Nos nossos primeiros telefonemas, não tínhamos tanta intimidade assim e por isso ficava um silêncio meio estranho depois que o assunto terminava. Por mensagem não era desse jeito, a conversa fluía com mais facilidade e quando chegou o nosso segundo encontro, nós dois já estávamos mais acostumados um com o outro.
Leon me levou ao cinema em Seropédica, era uma quinta-feira e ele me apanhou no mesmo lugar de antes, o nosso mercado, como ele gostava de dizer. Pude aproveitar o caminho para abraçá-lo apertado e recostar minha cabeça em suas costas, o Leon pareceu gostar porque segurou minha mão e me aconchegou ainda mais perto dele. Como eu já estava um pouco mais acostumada com a moto, consegui manter os meus olhos abertos durante o trajeto e apreciei a paisagem na estrada completamente arborizada. Conseguia sentir o perfume do Leon mesmo usando o capacete e inspirei mais profundamente, era um cheiro tão bom que eu me senti completamente viciada no aroma que vinha daquele garoto. Chegamos a Seropédica cerca de vinte minutos depois, Leon praticamente voava naquela motocicleta e a estrada vazia só o incentivava a correr ainda mais. Ele estacionou ao lado do cinema, me ajudou a descer da moto e tirou o seu capacete, eu repeti o seu gesto e entreguei o meu capacete para ele. Leon ficou me olhando por um tempo como se estivesse hipnotizado e eu comecei a ficar um pouco envergonhada com aqueles olhos azuis me medindo inteira, ele percebeu o meu embaraço e sorriu. Seguimos para a entrada do cinema e ele me deu sua mão, eu a segurei e senti o meu corpo inteiro formigar com aquele contato. Leon comprou ingressos para uma sessão que já estava começando, era um filme de terror e eu me retraí um pouco, sou bem medrosa e não gosto desse gênero, ele notou a minha expressão e sussurrou no meu ouvido "Eu te protejo", a voz dele perto do meu pescoço fez com que eu me arrepiasse inteira e eu só consegui concordar com a cabeça porque a minha fala ficou presa na garganta.
