Shades of Cool (Adaptação)

Queen of Disaster

Uma hora inteira se passou desde que Alane chegara à mansão de Yasmin, sabia que não poderia tardar, afinal a loira tinha que cuidar do sobrinho e ela compreendia isso. Porém, não conseguia de forma alguma se despedir, sentira tanta saudade, depois de todos aqueles dias, só desejava mais de sua presença. Estavam atreladas no sofá, compartilhando carícias e beijos, com todo cuidado para não se excederem, o que não era fácil. Estavam há tanto tempo sem contato, que o desejo de ambas era de perderem-se na infinidade de suas vontades.

– Eu preciso ir, meu bem. – Sussurrou a morena contra os lábios selvagens de Yasmin.

– Não... – Sua voz se arrastou manhosa, mordeu o lábio inferior de Alane e o puxou numa lentidão torturante.

– Porra. – Gemeu quase inaudivelmente. – Você é impossível.

– E você adora. – Sorriu lasciva e inclinou-se sobre a outra, deslizando a ponta de seu nariz por toda extensão do pescoço, para logo em seguida fechar os lábios num chupão forte.

Alane que até então havia se comportado, perdeu totalmente o controle. Espalmou as mãos por suas coxas, agarrando-as com toques firmes, arrastando as unhas pelas mesmas. Num impulso a tomou em seus braços, inclinou o corpo que estava em seu colo, fazendo com que Yasmin se sentasse sobre a mesinha de centro da sala. Rapidamente ficou de joelho entre suas pernas e a puxou para a beira da superfície, fazendo-a abraçar-lhe com as coxas. A designer apoiou as mãos para trás, tombando a face para o lado enquanto observava os atos de Alane.

As mãos desesperadas da morena corriam pela extensão de seu corpo, apalpando os volumes que tanto desejava, demorando-se nos seios cobertos pelo vestido. Yasmin segurava-se para não gemer, mas alguns sons teimosos escapavam de seus lábios. A tensão entre elas era voraz, sentiam como se fossem explodir a qualquer momento, cada pequeno gesto repercutia como uma investida selvagem. Os lábios de Alane atacaram o pescoço da outra, traçando beijos molhados, alternando entre serpentear a língua e morder a pele.

– A-Lane! – A voz rouca da loira preencheu o local, seu corpo ardia numa vontade mútua de ceder.

– Estou viciada em você, Brunet. – Confidenciou-lhe num sussurro sôfrego antes de envolver o lóbulo de sua orelha em seus lábios.

Yasmin sentiu uma agitação crescente em seu ventre, como uma ansiedade profunda que a levava para os mais profundos sentimentos. Não conseguira responder, desejava, mas não conseguira, perdeu-se em palavras e sufocou-se nas mesmas. Alane não precisava de resposta para compreender o que compartilhavam. A intensidade de tudo fazia com que notasse o quão especial as coisas haviam se tornado. Estava confusa e sequer sabia o que faria depois de sair daquela casa, sua vida se tornara uma incerteza infinda, mas não a incomodava, o fato de ter Yasmin naquele momento, era tudo. Devastadoramente tudo.

As mãos da loira tomaram os fios negros, os puxando abruptamente, conduzindo-a para um beijo intenso, que imediatamente roubou o fôlego de ambas, mas não ousaram parar. Alternavam entre chupadas, mordidas e lambidas, usando estes breves momentos para arfar e recuperar o ar. Línguas se enrolavam, travando numa dança sensual e desesperada, Yasmin nunca fora beijada com tamanha paixão e Alane jamais havia sentido seu mundo se desfazer com apenas num beijo.

Não desejavam cessar, imploravam por mais, haviam tido tão pouco comparado a tudo que almejavam, porém, num resquício de sanidade, a morena afastou-se abruptamente, deixando a loira aturdida. Sentou-se no sofá e precisou de um momento para conter-se. Alisou os cabelos nervosamente, os jogando para trás. Fitou a figura de Yasmin e arrependeu-se no mesmo instante. Ela estava da mesma forma com que Alane a deixara, as pernas abertas, o corpo inclinado para trás, o vestido preso acima de suas coxas, os cabelos desgrenhados e o peito subindo e descendo, entregando o seu arfar. Uma visão do inferno.