CAPÍTULO 10

42 1 0
                                    

°CAPÍTULO NÃO REVISADO°
Motivo: preguiça.

A cidade era extremamente agitada. Pessoas zanzando para lá e para cá. Crianças humanas, feericas e bruxas jogando uma bola que parecia ser pesada de um lado para o outro. Gritinhos euforicos começaram quando a bola foi em nossa direção. Kai jogou a bola com o pé e chutou entre as mão pequenas de uma criança que corria em nossa direção, era uma menina, ela tinha cabelos curtos acima da orelha e pequenas presas dentro da boca. Pequenas demais para serem feericas.

— Obrigada, Magestade – A criança disse com a bola em mãos dando uma referência rápida e desengonçada.

Atrás dela. A fonte parecia jorrar diamante líquido. Pássaros se acumulavam ao redor da água, matando a sede. As pedras brancas refletiam levemente a luz do sol.

— De nada, Ester. – Kai não havia terminado de falar quando a criança se virou e correu em direção aos amigos.

— Você conhece cada criança ou apenas aquela em específico ? – ele pensou por um momento e balançou a cabeça.

Várias pessoas passavam por nós. Alguns me chamavam pelo meu nome, outras por amigo de Kai ou forasteiro. Uma criança passou por nós e nós cumprimentou em voz alta. Ele retribuiu o cumprimento com uma voz educada pelo nome da criança.

— Se eu não conhecer a criança, eu conheço o pai ou a mãe. O avô ou a avó. O tataravô ou a tataravô. E por aí vai. Privilégios ter nascido há mais de 1000 anos.

Dito isso, o olhei rapidamente dos pés a cabeça.

Ele não parecia ter essa idade. Pelo contrário, eu parecia ser mais velho que ele, o rosto dele era juvenil. Se eu o tivesse conhecido no mundo humano, o teria o confundido com um humano qualquer.

— Você é velho. – falei em uma careta.

— Eu gosto disso. Nós padrões daqui, eu sou um bebê. Para você e para os humanos do outro lado sou um ancião. Nunca há um meio termo. – ele parou de repente. Na frente de uma loja que dizia em letras pareadas, amuletos e grimórios.

A porta abriu-se sem precisar de um contato. Uma fêmea de cabelos verdes estava concentrada em um livro que parecia ser pesado demais para carregar.  Ele flutuava na frente dela.

— Boa tarde, Mari. – disse Kai.

A fêmea soltou um gritinho quando o viu. Só percebi que ela tinha asas quando ela veio voando até Kai para abraça-lo. Ela era baixa mas ficava com a nossa altura enquanto voava. As asas frágeis faziam um barulho de sino.

— Lembrou da minha existência, sempre tão atencioso, Vossa majestade. – Ela cruzou os braços sobre o peito e olhou para mim com os olhos semicerrados.

— Você deve ser o parceiro de Elain, Lucien. – ela ofereceu a mão para mim e eu aceitei rapidamente. – Lucien Vancerra, acertei ? Diga-me que eu acertei. Enchi o saco de Elain tempo o bastante para que ela me desse uma descrição sua.

Todo mundo aqui já parece me conhecer por parceiro de Elain. O que é irônico já ela não gosta de qualquer coisa relacionado a isto.

— Todo mundo, não. – Disse Mari. Sentando na bancada. – Apenas uma grande parte.

— Você entrou em minha mente ? – isso parece está ficando cada vez mais recorrente, escondi a minha raiva com um rosto confuso.

— É por isso que eu te trouxe aqui. – explicou Kai mexendo em gavetas que estavam anexadas na parede. – Você tem amuletos de mente ?

A fêmea pareceu ligeiramente insultada com a pergunta.

No balcão começou a aparecer colares, aneis, brincos e tornozeleiras. Era como um arco-íris de jóias. Aquilo tudo parecia ser assustadoramente caro. Um anel de prata com detalhes em azul. Um colar nenhum pouco discreto. Uma pulseira de madeira entalhada em forma de corrente.

Corte de Visões e LuzesOnde histórias criam vida. Descubra agora