CAPÍTULO 15

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Fora exatamente 7 minutos e 58 segundos que Elain demorou para aparecer depois que desapareceu nos corredores escuros com Graysen.

O olhar de desejo que fervilhava em seus olhos quando ele a via. Era irritante. Graysen voltou dos corredores uns minutos antes de Elain, o rosto dele estava impassível, não havia nada que demonstrasse um pingo de emoção no seus rosto.

Ele cortou o salão como um raio e por lá ficou por um tempo. Despediu-se rapidamente de alguns conhecidos e foi embora.

A imagem de Elain apareceu na pelumbra, os olhos cautelosos de Elain percorreram todo o salão. Uma fêmea agarrou o braço dela e sorriu alegremente, levando-a até uma mesa com comidas e bebidas.

O primo de Elain ao meu lado deu uma risada contida, ele deveria está falando alguma coisa de importante.

— O que foi ? – perguntei e ele ficou levemente tenso, como se tivesse sido pego no flagra. Os olhos dele estavam concentrados em alguma coisa, como se alguém estivesse falando em sua mente.

Ele balançou a cabeça rapidamente.

— Cansei de tentar iniciar uma conversa com você, de ser ignorado. – ele bufou descontente. – Busquei alguém que tenha a dignidade de responder as minhas perguntas ou pelo menos finja que goste de minha presença.

— Não seja tão dramático. – reclamei dando de ombros. Observando a forma como o tecido delineava cada pequena curva de Elain. Uma cotovelada fina me fez me curvar levemente de dor

— O que foi ? – perguntei ao meu agressor.

— Gosto do som que faz. – ele respondeu em uma risada.

Esse bastadinho.

A fêmea ainda estava perto dela, pulando em seus braços em um abraço rápido.

Era uma dupla interessante, Elain toda colorida, um vestido rosa com uma tiara simples de flores e a sua amiga que usava um vestido completamente preto com alguns detalhes dourados. Pareciam ser um completo oposto.

O macho ao meu lado gemeu. Olhei de esguelha para ele.

— Desculpe, as vezes eu esqueço o quanto a minha amável prima é bonita e os olhares nojentos que ela acaba atraindo. Normalmente, eu cortava a amizade com os machos que olhavam desse jeito para alguma delas. Porque não vai lá? – perguntou ele apontando com a cabeça e fiz um gesto de negação.

Busquei no rosto dele alguma zombaria ou piada. Ele estava falando com seriamente. A bebida sempre parece estar em seu sangue, envenenando os seus pensamentos, parece ser coisa de família.

— O não você já tem. Vá atrás da humilhação. – ele piscou para mim.

— Você é péssimo nisso.

— Piscar ?

— Não, encorajar pessoas.

Um suspiro de escárnio.

— Você nunca ouviu essa frase ? É um conto popular. – ele riu consigo mesmo e falou baixinho – Pergunte se ela quer dançar . – o rosto dele ficou confuso de repente, os olhos brilharam em um azul brilhante enquanto ele dizia sem emoção

— Ela não quer.

O rosto dele se iluminou e ele esvaziou o vinho de seu copo.

— Aquela é Lina, a melhor amiga de Elain. Vai trocar-lá daqui a pouco pela dança, um homem vai tirar lá para dançar. – ele disse com convicção.

— Isso é mais uma de suas visões ? – perguntei, o olho dele não havia brilhado.

— Não, o homem sou eu. – ele disse em um sorriso convencido.

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⏰ Última atualização: Apr 22 ⏰

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