Capítulo 1- Lutei com um cabo de vassoura

81 8 3
                                    

Meu coração estava acelerado, meu corpo doía e minha cabeça girava.

Nunca tinha corrido tanto na minha vida, eu precisava me salvar, salvar minha vida—literalmente— nunca algo tão grande me perseguiu dessa forma. Na verdade, todos esses seres esquisitos, nunca mexeram comigo antes, eu só os via de longe. essa é a primeira vez que um corre atrás de mim.

Eu tentava dispersar aquele monstro, virando a cada esquina ou rua, independente de onde daria no final. Estava literalmente perdida pelas ruas de Nova York.

Algo de estranho estava acontecendo na cidade. Eu estava no carro com meus pais e meu irmão, quando de repente todos congelaram. Olhava para os lados e tudo tinha congelado, como se uma tempestade de gelo tivesse passado, mas sem o gelo em si.

Mas por que razão, eu não tinha congelado?

Quando finalmente criei coragem para sair do carro, um bicho enorme, de quatro patas que mais parecia um rinoceronte feioso, me viu no final da rua e começou a me perseguir e desde então, estou nessa perseguição esquisita que eu nunca pensei passar na vida.

De repente, escuto um barulho de metal, vindo atrás de mim. Viro em direção ao barulho e uma estátua lutava contra o rinocerontes feioso?

— Mas que porra...?

Continuei a correr feito louca. O que está acontecendo nesse lugar, meu Deus do céu?

Primeiro, todo mundo vira picolé, depois um rinoceronte monstruoso e agora um homem estátua me defendendo?

Vejo uma loja de conveniência na esquina da rua e entro rapidamente, fechando a porta atrás de mim. Me escondo atrás do balcão e tento acalmar minha respiração.

— Isso está muito errado. Isso está muito errado...

Sinto meus nervos se remexendo em meu corpo e a falta de ar chegar. As palmas da minha mão começaram a suar e meus olhos começaram a lacrimejar. Eu já sabia o que era isso, mas não era hora. Estava acontecendo alguma coisa em Nova York e eu não poderia ter uma crise de ansiedade agora.

Tentei controlar cada parte minha. Fechei meus olhos e tentei me concentrar somente no meu sangue correndo no meu corpo, mas era impossível. O barulho do lado de fora mais parecia uma cena de vingadores, ou algo parecido.

De repente, a porta da loja de conveniência se abriu, ouço o sininho.

Se eu precisasse lutar, eu provavelmente morreria.

Nunca treinei para matar.

Escuto vozes de garotos, eram adolescentes, com certeza. Eram dois, provavelmente.

— Percy deixou claro que não podemos roubar nada.

— Percy não está vendo. É só não mostrar para ele, cara. Simples... ele não vai ficar nem sabendo se você não contar!

— Eu sou o mais velho aqui. Não vai roubar nada.

— Essa guerra está acabando com seus neurônios, cara. Se Cronos não nos matar, o psicológico vai!

— Cale a boca Travis!

Olho para trás de mim e vejo um banco, provavelmente usado pelos funcionários.

Pego o mesmo e me levanto soltando um grito de guerra, que saiu mais agudo do que eu esperava. Jogo o banco nos dois garotos, que por um fio, não os acerta.

Nós três nos olhamos, tentando ler um ao outro e eles se olharam confusos.

Sem perder um segundo, corro para ainda mais dentro da loja, vejo uma porta nos fundos e tanto abrir, mas estava emperrada.

A luta da minha vida: Penelope VendiseOnde histórias criam vida. Descubra agora