Capítulo 15- Filha de Poseidon

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Depois que chegamos até terra firme, levamos o pequeno garoto até a enfermaria. Não sei qual dos quatro estava mais apreensivo com o que tinha acontecido no bote. Ninguém falava absolutamente nada no caminho. Era como uma procissão de um velório

E eu era o morto.

Quando chegamos na enfermaria, o colocamos em cima de uma maca. O garotinho ainda estava desacordado e isso me preocupava, e se ele já estivesse morto?

— Talvez ele tenha engolido água!— Chris falou

Talvez??? Esse garoto engoliu mais água que um botijão.

— Você consegue fazer ele cuspir essa água?— o do soco perguntou para mim

Eu o olho totalmente confusa e incrédula.

— Eu? Como eu faria isso?

— Você é filha de Poseidon, controla a água!!— o outro menino com quem lutamos disse

— Não sei fazer isso não!— balanço meu dedo em negativo— Á dez minutos atrás, eu nem sabia que podia nadar.

— Você tem que tentar, Pen! Esse menino pode morrer se você não o ajudar.— Rodriguez pediu

Logo, vimos dois campistas, um menino e uma menina chegando para ajudar. Eles ficavam sempre por aqui para ajudar à quem precisasse, se não me engano, eram filhos de Apolo.

— Ander, o que aconteceu? E a captura da bandeira?— o garoto com cabelos castanhos, quase loiros perguntou

O menino que eu tinha lutado— que agora eu sabia que chamava Ander— olhou para os adolescentes que tinham chegado e explicou tudo. Inclusive a parte de eu ser reclamada. Será que eram amigos? Ou irmãos?

— Temos que fazer ele cuspir a água toda que engoliu!— a garota loira falou

— Era isso que estávamos falando. Ela pode fazer isso— Ander apontou para mim

— Eu não posso fazer isso não! Vocês que estão falando que eu posso.

— Você precisa!— ele retrucou

— Eu não sei nem fritar um ovo. Quem dirá tirar água desse garoto!—apontei para o menino

— Mas ele pode morrer!!!— retrucou novamente

—Tá legal. Vou tentar!— falei jogando os braços para trás.

Eu não sabia como fazer aquilo. Nunca tive uma grande experiência com água, piscina ou mar.— além de observar as ondas cortarem a areia e achar aquilo incrível— mas a vida daquele menino dependia de mim e isso me assustava.

Me aproximei dele e coloquei minhas mãos em cima de seu peito e respirei fundo.

O que eu estou fazendo? Eu não vou conseguir salvar esse menino!

Por um segundo me lembrei de Percy conversando com o pai, quer dizer, nosso pai, no dia em que nos conhecemos e decidi tentar a sorte.

Pai. À dez minutos atrás, não sabia que era você, mas mesmo assim, preciso muito da sua ajuda. Ainda não sei como controlar meus poderes. Nem sei se tenho poderes! Me ajude a salvar esse menino!
Não sei o motivo dele estar em seu território, mas por favor, não deixe que ele morra.

Coloquei toda a minha força de vontade, tentando canalizar meu poder, tentando tirar toda aquela água do garoto.

Ficamos ali por mais de alguns minutos e eu já estava perdendo as esperanças. Não estava acreditando que aquele menininho tão criança  iria morrer assim...

A luta da minha vida: Penelope VendiseOnde histórias criam vida. Descubra agora